Executivo da marca defende propulsores aspirados com corrente e afirma que concorrentes terão de rever projetos para cumprir normas de emissão
A Honda não adotará motores com correia banhada a óleo em seus veículos. A posição foi defendida categoricamente por Renan Barba dos Santos, responsável comercial da montadora para a América do Sul, em entrevista ao Argentina Autoblog durante o Salão do Automóvel de São Paulo.
De acordo com o executivo, a opção por manter motores aspirados de quatro cilindros com corrente metálica no comando de válvulas — em detrimento dos turbos de baixa cilindrada populares entre rivais — é uma decisão técnica calcada na durabilidade e na previsibilidade regulatória. Barba dos Santos sustenta que o motor 1.5 i-VTEC, que equipa as linhas City, WR-V e HR-V, já cumpre as exigências ambientais futuras sem demandar as revisões estruturais que, segundo ele, serão inevitáveis para a concorrência.
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Ao analisar a tecnologia de correias banhadas a óleo, frequente em propulsores 1.0 e 1.2 turbo de três cilindros, o diretor rejeitou sua implementação na marca japonesa. O argumento é que tais motores operam com pressões de turbina elevadas para entregar desempenho imediato, o que comprometeria a vida útil do conjunto.
A Honda aposta no caminho oposto: maior cilindrada, ausência de turbo e uso de corrente de comando, componentes que garantem robustez prolongada. A fabricante projeta, inclusive, que muitos dos atuais motores “downsizing” do mercado precisarão crescer para 1.2 ou 1.5 litro para se adequarem às próximas fases de controle de emissões.
No campo da transmissão, o executivo defendeu as caixas CVT como as mais eficientes para o perfil urbano, criticando o “delay” de resposta dos conversores de torque convencionais e a complexidade mecânica dos câmbios de dupla embreagem. As atuais caixas CVT da marca já incorporam simulação de sete marchas e reduções automáticas em frenagens.
Apesar da defesa dos motores a combustão atuais, que devem permanecer em linha no longo prazo, Barba dos Santos reconhece que a hibridização é um passo necessário. A tecnologia, contudo, deve conviver com os propulsores aspirados, especialmente em mercados como Brasil e Argentina, onde a infraestrutura de recarga ainda restringe a eletrificação total da frota.
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Decisão acertada da Honda. Sou fã da corrente de comando desde os tempos do CHT, sistema simples e que não demanda manutenção. Já o motor 1.5 da Honda junto com o CVT realmente impressionam pelo “casamento” do conjunto. Tive um Civic 1.8 com conversor de torque e realmente esse conjunto 1.5 CVT atual é mais esperto pra andar e muito mais econômico.
Não se trata de uma decisão, e Sim dos princípios que norteiam uma grande e tradicional montadora.
Manter a tradição de sempre entregar eficiência e durabilidade. É isso o que faz da Honda e da Toyota marcas confiáveis e com milhões de clientes fiéis a elas.
O foco é a qualidade e a confiabilidade! E não preços chamativos e lucros inflados com economia porca.