Novo Classe A250 ‘conversa’ com o dono e tem ótimo desempenho

Hatch da Mercedes-Benz tem o sistema MBUX como destaque e motor 2.0 turbo de 224 cv, mas custa quase R$ 200 mil

novo mercedes classe a 13
Por Alexandre Carneiro
De São Paulo (SP)
Publicado em 23/01/2019 às 11h55
Atualizado em 11/08/2022 às 16h04

“Oi, Mercedes; e aí, Mercedes; olá, Mercedes”. Basta dizer uma dessas três frases para que o novo A250 responda, com a voz feminina: “sim, o que você deseja fazer?” É assim que funciona o sistema MBUX, um dos maiores atrativos do modelo. Com ele, a marca alemã promete maior interação com o motorista, sem que seja necessário sequer fazer um pareamento de celular.

Com o MBUX, é possível comandar, por voz, a temperatura do ar-condicionado, a abertura do teto solar e funções do computador de bordo. Mas o equipamento só entende frases prontas. Para mexer no climatizador, é preciso dizer “baixar a temperatura para 18 graus”, por exemplo. Se o motorista disser “estou com calor”, a voz responderá: “não entendi”. Nesse ponto, trata-se de um equipamento mais antigo que o CLA, lançado recentemente em Detroit (EUA), que tem inteligência artificial e consegue aprender comandos. O A250 tampouco acessa a internet, coisa que seu irmão mais novo já faz.

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De qualquer modo, trata-se de um grande diferencial do modelo, que permite que o condutor interaja também por meio de touchpads e telas multimídia. O equipamento é de série no A250, que é vendido em uma versão única, Vision, tem preço de R$ 194,9 mil.

O pacote de itens de série é fechado e inclui ainda interior em couro, bancos dianteiros elétricos e frenagem autônoma que funciona até em cruzamentos, caso haja risco de colisão com um veículo que segue em sentido transversal.

O A250 é equipado com um motor 2.0 turbo de 224 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. O câmbio é automatizado de dupla embreagem e sete marchas.

Os recursos multimídia realmente são capazes de dar um ar tecnológico ao interior do A250. No interior, chama atenção as duas telas multimídia interligadas: uma na frente do motorista e outra no centro do painel. A primeira traz os instrumentos principais, como velocímetro e conta-giros, enquanto a segunda reúne as funções de infotenimento. Ambas são configuráveis ao gosto do condutor e podem mostrar diferentes informações.

As traquitanas tecnológicas são parte de um interior requintado, coerente com a proposta premium da marca. Superfícies emborrachadas, elementos aluminizados e montagem caprichada resultam em um ótimo acabamento.

A ergonomia do A250 também é elogiável. Há algumas soluções incomuns, como a alavanca do câmbio na coluna de direção e o freio de mão (eletrônico) no painel, à esquerda do motorista. Todavia, todos os comandos estão ao alcance das mãos

A posição de dirigir é perfeita. O volante de diâmetro pequeno, tipicamente esportivo, tem boa pegada. Já o banco pende mais para o conforto, apoiando bem todo o corpo, mas tem abas laterais suficientemente largas para proporcionar aquela segurada no tronco em curvas.

O desempenho está à altura da atmosfera esportiva do interior. As acelerações a pleno pedal duram pouco, pois rapidamente é preciso aliviar o pé para não atingir velocidades muito superiores às permitidas. Se o motorista continuar pisando fundo, se espantará ao perceber que o veículo já atingiu 170 km/h ou 180 km/h sem qualquer esforço

Suspensão, câmbio e direção mudam de comportamento de acordo com o modo de condução selecionado pelo motorista. Mesmo na configuração normal, o rodar é um pouco duro, uma contrapartida necessária para privilegiar a estabilidade. Vale a pena: o A250 está sempre na mão, mesmo em curvas traiçoeiras. A direção é muito direta e responsiva, enquanto o câmbio troca as marchas nos momentos certos e com enorme rapidez.

A Mercedes não revela qual é a expectativa de vendas do A250, mas confirma que ele tem como público alvo consumidores jovens, entre 25 e 35 anos. O modelo já está à venda; os primeiros lotes trazidos para o Brasil são formados por veículos 2018/2019

Fotos Malagrine Estúdio/Mercedes-Benz/Divulgação

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