L200 Triton: nova geração chega para quebrar a casca grossa

L200 Triton chega a sua quinta geração com novo motor e dirigibilidade mais agradável; transmissão automática, porém, decepciona

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Por Marcus Celestino
Publicado em 25/09/2016 às 17h49
Atualizado em 11/08/2022 às 16h05

A L200 Triton Sport carrega debaixo da lata o lema de “picape mais casca grossa da história”. Contudo, até mesmo os brucutus têm um lado suave. A nova geração do comercial leve da Mitsubishi chega ao mercado mais afeita aos prazeres do asfalto e aos condutores que também primam por certo conforto quando compram um produto desta categoria. O modelo será comercializado em três versões e os preços partem de R$ 131.990. Vale frisar que as configurações presentes na encarnação anterior ainda serão vendidas.

L200 Triton: novo motor é a grande novidade
L200 Triton: novo motor é a grande novidade

Novidade da L200 Triton

A grande novidade presente na nova geração da L200 Triton é o trem de força. Construído em alumínio, o motor 2.4 diesel, apesar de menor que seu predecessor, gera 190 cv de potência a 3.500 rpm e generosos 43,9 kgfm já na casa das 2.500 rpm. O propulsor pode casar com câmbio manual de seis marchas (na versão GLS) ou com transmissão automática de cinco velocidades que propicia ao condutor opção de trocas manuais por meio de aletas. O sistema de tração do utilitário trabalha no 4×2, 4×4 com bloqueio do diferencial, 4×4 para rodar no asfalto em condições específicas e 4×4 reduzida. Vale frisar que o engate de 4×2 para 4×4 é permitido até os 100 km/h.

A L200 Triton Sport também conta com suspensão independente, de braços triangulares duplos, na dianteira e de eixo rígido e molas semi-elípticas na traseira. Em termos de segurança, a picape tem airbag duplo para condutor e passageiro, assistente de rampa, controle de estabilidade, diferencial traseiro, ABS, assistente de frenagem, BOS e encaixe para cadeirinha Isofix.

L200 Triton teve ergonomia melhorada
L200 Triton teve ergonomia melhorada

Quanto ao conforto da L200 Triton, os assentos da frente, revestidos em couro, ganharam contornos que favorecem no aspecto ergonômico. O motorista pode contar com regulagem elétrica e também ajustar altura e profundidade do volante. Na traseira, segundo a montadora, o banco tem angulação maior e oferece mais espaço para os passageiros que a geração anterior.

A L200 Triton também apresenta acabamento mais esmerado do painel e do console central, ar-condicionado de duas zonas, sistema multimídia com tela de 7’’, partida keyless, câmera de ré e sensores de chuva, luminosidade e estacionamento. Além disso, a fabricante fez um trabalho apurado de isolamento acústico do habitáculo.

Em termos de design a Mitsubishi não ousou e as linhas são as mesmas da geração anterior. De acordo com a fabricante, a quinta encarnação da picape – produzida na unidade fabril de Catalão (GO) – teve leve alteração na J-Line, que acaba por otimizar o espaço dos ocupantes do assento traseiro. No entanto, os traços enfadonhos e datados não são, definitivamente, o forte da L200 Triton.

Ao volante da L200 Triton

O motor trabalha de maneira eficiente. Com seu torque em baixa, faz com que a picape tenha força suficiente para o que der e vier. No entanto, a transmissão automática de cinco velocidades é insuficiente para aplacar a “voracidade” de motor tão eficaz. Merecia mais uma marcha. Bem acertada, a suspensão transmite pouco das imperfeições do solo, mas os ocupantes do assento traseiro – pouco ergonômico – ainda sofrem com o batidão. Já o condutor consegue guiar de maneira confortável e, por vezes, nem parece que estamos dirigindo uma picape, cujo principal objetivo é a atividade laboral.

L200 Triton teve ergonomia melhorada
(Mitsubishi/Divulgação)

Já nas estradas, o comportamento da L200 Triton Sport também é bom – batendo muitos utilitários esportivos que apregoam o uso misto desde suas gênesis. O motor atua bem nas ultrapassagens e nas retas o utilitário sempre fica nas mãos – a boa pega do volante favorece tal. Contudo, nas curvas há de se ter um pouco mais de habilidade ao volante. Não tanto quanto no passado, onde tocar uma picape numa rodovia asfaltada era algo tormentoso, mas ainda assim ela demonstra que, apesar de ter tido sua casca quebrada, é um veículo que é mais afeito aos pormenores do off-road.

Com 6.215 unidades emplacadas ante 22.519 da líder de seu segmento, a Toyota Hilux, até o fechamento do mês de agosto, a L200 Triton terá versões antigas com o visual da geração anterior na gama. O mix de vendas da nova encarnação da picape, a princípio, fica com 60% para a HPE Top, 30% para HPE e 10% para a GLS. Em breve esta última terá maior fatia no mercado.

Fotos Mitsubishi | Divulgação

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