Aditivos: fuja da ‘empurroterapia’

A maioria dos aditivos são completamente desnecessários, mas existem duas exceções. Você sabe quais são?

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Por Boris Feldman
Publicado em 08/06/2018 às 19h05
Atualizado em 30/07/2018 às 17h01

Motorista é alvo preferencial dos picaretas. Eles imaginam que, se tem um carro, deve ter um razoável saldo bancário. E, em geral, não entende bulhufas de sua mecânica. Por isso a quantidade de bugigangas, trapizongas e traquitanas que nos oferecem em cada esquina.

Basta parar no posto para abastecer, por exemplo. Os frentistas – de uma maneira geral – são honestos e solícitos. Mas, tem sempre aqueles que correm para oferecer toda a sorte de aditivos, quase todos rigorosamente desnecessários. Tem para bateria, óleo do motor, da caixa, para o fluído de freio, uma pilha deles. Muitas vezes eles são estimulados a esta “empurroterapia” pelo próprio dono do posto. E comissionados na venda.

Vira e mexe tem leitor da coluna consultando a necessidade real desses aditivos, vendidos como fórmulas mágicas. Quais são recomendados, quais não passam de picaretagem.

Então, procurando ser prático e direto, como regra geral deve-se praticamente todos os aditivos. São apenas duas as exceções: a primeira é para o líquido de refrigeração, a chamada “água do radiador” que deve mesmo conter cerca de 50% de um aditivo chamado etilenoglicol. O próprio manual explica qual o percentual a ser acrescentado à agua. Então, sempre que se completar o nível do reservatório deste líquido, não se deve usar água pura, mas o frasco já comercializado pronto com a mistura correta de água e etilenoglicol.

A segunda exceção só vale se o motorista abastece com gasolina comum. Neste caso, recomenda-se jogar no tanque um frasquinho do aditivo específico, com poderes dispersantes e detergentes. Se o tanque é abastecido com qualquer gasolina aditivada ou especial, super ou premium, a aditivação é desnecessária.

Vale a pena lembrar que todos os demais líquidos presentes no carro já são aditivados pelo fabricante de acordo com as especificações da fábrica do automóvel.

A maioria dos aditivos é completamente dispensável
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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
4 Comentários
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Cristiano Vinter 8 de junho de 2018

Boa noite..
Sobre o militec,o que vc me diz ?
Tem muita gente que usa eu também uso nos meus carros.

AutoPapo
Auto Papo 9 de junho de 2018

Caro Cristiano, por favor mande sua dúvida para autopapo@autopapo.com.br.
Abraço e obrigado!

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Claude Fondeville 8 de junho de 2018

…… da ,mesma forma que ao encherem os pneus não sabem a calibragem correta (Ninguém é uma enciclopédia pneumática). O certo é o proprietário verificar a pressão correta dos pneus, indicada pelo fabricante do veículo, em uma etiqueta adesiva localizada na coluna da porta do motorista ou na tampa do compartimento de combustível, ou em ultimo caso no próprio manual do proprietário. Como não sabemos se o calibrador do posto é aferido o ideal é que o motorista possua um calibrador eletrônico (o de vareta não é aconselhado) dentro do porta-luva.

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José A J Vital 8 de junho de 2018

Os postos aquí da região até que andam tranquilos nesse sentido.
O que me incomoda muito é o serviço empurrado na maioria dos locais que trabalham com pneus, aquele tal do alinhamento de suspensão que é um verdadeiro trambique. Custa próximo de 200 reais e se você prestar a atenção, nota que é um embuste dos grandes.
Sou seguidor novo, mas gostaria muito de ver uma matéria pra orientar os motoristas a fugir daquilo.

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