Mercedes tropeça duas vezes na mesma pedra

A Mercedes-Benz do Brasil tropeça na mesma pedra pela segunda vez ao fechar outra fábrica por aqui, repetindo o fracasso de Juiz de Fora (MG)

mercedes benz classe c nacional
Mercedes Classe C era produzido na fábrica de Iracemápolis (SP) (Foto: Mercedes-Benz | Divulgação)
Por Boris Feldman
Publicado em 28/12/2020 às 21h31
Atualizado em 28/12/2020 às 23h33

Para aproveitar os incentivos fiscais anunciados pelo Governo Federal em 2012, a Mercedes-Benz do Brasil correu para construir uma fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Ela foi inaugurada em 2016 para produzir, primeiro, o Classe C e depois também o GLA.

Mas cá para nós, ela mais montava do que fabricava automóveis por lá.

E mesmo assim, acabou anunciando seu fechamento agora em dezembro, pois os incentivos e o volume de mercado não viabilizavam a operação. Repetiu o mesmo fracasso de Juiz de Fora, onde construiu uma fábrica para produzir o Classe A em 1999, mas parou sua produção em 2006.

E sem ter o que fazer com aquele elefante branco, começou a produzir caminhões e hoje apenas cabines para caminhões. É o que se chama de tropeçar duas vezes na mesma pedra…

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
10 Comentários
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OSCAR 31 de dezembro de 2020

As empresas vieram numa época que havia havia perspectiva de uma economia em crescimento. Diante do cenário atual, tirando quem já está muito bem estabelecido, ninguém vai querer investir dinheiro ou continuar perdendo o seu dinheiro aqui.

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Marcelo Dutra 29 de dezembro de 2020

Colocar “fábrica” no Brasil pra “produzir” carros feios e caros é sinônimo de fracasso…
O design das C180 W204 davam uma lavada no design exterior…
O GLA é uma coisa horrenda de feia!
O Classe A é bonitinho mas é caro pra cacete…
Infelizmente as montadoras estrangeiras não vão se dar bem montando esses carros de entrada que oferecem bem menos equipamentos que alguns nacionais top de linha e cobrando um absurdo somente por acabamento mais aprimorado!
Um cruze 1.4T anda como um C180 porém, no quesito itens de série, o Cruze entrega muito mais custando praticamente a metade do preço! É dona Mercedes, já passou da hora de “jovializar” os designs e rever a política de preços!

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Victor 6 de janeiro de 2021

Coisa feia ? Brasileiro anda de HB20 e ÔNIX amigão, se design fosse o motivo tava tudo fechado por aqui

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ISA TELMA BERNARDO SILVA 29 de dezembro de 2020

Brasil e um país de poucas oportunidades são custo de vida muito auto é poucas oportunidades aqui ante um carro popular já difícil pra maioria compra imaginar um veículo de auto padrão como uma Mercedes aí a Mercedes Benz não perder tempo é dinheiro

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Fe 29 de dezembro de 2020

Sem dúvida que temos muitos entraves burocráticos, leis, impostos, etc, mas também sem dúvidas ela foi mal administrada. Seja pelo produto final oferecido em desacordo com o que o mercado queria no momento, seja por marketing ineficiente ou mal direcionado, seja como a própria reportagem disse onde eles não fabricavam nada aqui e sim apenas montavam as peças mais caras do que se estivessem fabricando por aqui.
Veja o caso da JEEP que veio para o Brasil no mesmo ano que a Mercedes. Uma fecha as portas, a outra investe cada vez mais.
Sao, realmente, cases de sucesso (JEEP)e infelicidade (Mercedes).

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Amarildo José Michalski 29 de dezembro de 2020

Carro e top mas o preço não e compatível com a renda dos brasileiros.

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Austin 29 de dezembro de 2020

Não me venha com Leis Trabalhistas senhor Carlos Lima. Quer empregados trabalhando de Graça? Na época do Lula tinha emprego e faltava profissional. Empresas querendo se instalar no Brasil. FALTA É GOVERNO SÉRIO isso sim. Um carro nos EUA custa cerca de 20.000,00 dólares. Quando você acha que ganha um trabalhador americano?

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João 29 de dezembro de 2020

Vai ver as leis trabalhistas nos EUA como são, então…

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Carlos lima 28 de dezembro de 2020

Leis trabalhistas, a maioria vai embora

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Marcelo 30 de dezembro de 2020

Sempre aparece um. “Tião Carreiro” para defender os patrões ou melhor, senhores de escravos. O brasileiro tem essa doença do puxasaquismo constrangedora, herança das capitanias hereditárias e do apadrinhamento da colonização.
As empresas vão embora porque o país atravessa um péssimo momento na economia e com tendência a orar, ao contrário de 2011, além do incentivo que se foi.

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