Marca chinesa de carros elétricos quer competir com marcas premium alemãs, mas tem pouca rede de concessionárias
A marca Zeekr não quer briga fácil no Brasil, não. Ela diz concorrer com Porsche, Audi, BMW, Mercedes. E eu não duvido que os carros tenham condições disso, não.
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Porém, o maior problema de quem vai importar automóveis para qualquer país, Brasil inclusive, é a capilaridade da rede, da pós-venda. São as concessionárias espalhadas em pontos estratégicos do Brasil.
E é exatamente o que falta a Zeekr, que só está marcando presença na região sudeste, em apenas sete cidades. Três no estado de São Paulo, capital Campinas e Ribeirão Preto, mais Brasília, Rio, Vitória e Floripa.
Um Zeekr custa menos que seus concorrentes. Mas eu me questiono se quem compra Porsche e BMW está comprando grife ou preço.
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Bóris a sua pergunta – “se quem compra um Porsche ou BMW está comprando grife ou preço” é pertinente e creio que posso responder, pois já tive Mercedes (alguns Classe C e atualmente uma GLC), uma BMW (a deliciosa Série 5 de seis cilindros), e nenhum carro chinês:
Creio quem investe mais de meio milhão num carro (novo ou usado) obviamente busca grife e exclusividade, além é claro do conteúdo e especificações técnicas do carro em si. Não vou dizer que os motores e dirigibilidades da BMW não atraem, e/ou o luxo e elegância da Mercedes não encantam por si só, e já valeriam o preço dos carros. Mas a questão dos status é fundamental sim. E essas marcas vendem isso no “pacote” delas.
O Zeekr impressiona pelo design e especificações ? Sim, muito. Eu compraria ele ? Claro que não, e por duas razões – é elétrico e não entrega o intangível. Com essa grana eu pego um bom Mercedes, Porsche ou BMW top, mesmo que seminovo, e vou ser feliz. O maior erro dos chineses é tentar competir com as marcas premium europeias. Acho muito difícil.
