Potência extra com ‘prazo de validade’ revolta clientes da Tesla

E-mail da Tesla oferecendo potência extra por 30 dias, como se fosse um recurso bloqueado, reacende críticas ao sistema de atributos por assinatura

Faxada de uma fábrica da Tesla
Além da Tesla, Mercedes e BMW também já adotaram a prática de vender funções bloqueadas por assinatura (Foto: Shutterstock | Reprodução)
Por Tom Schuenk
Publicado em 17/07/2025 às 09h00

A Tesla, polêmica empresa comandada por Elon Musk, voltou a ser tópico de debates nas redes sociais. Uma postagem viralizou no Reddit pois mostrou um e-mail da empresa em que era oferecido um presente de aniversário para o consumidor. A tal surpresa são 50 cv extras em seu veículo por 30 dias.

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O brinde chamou muita atenção, por ser algo muito incomum e acabou denunciando para os usuários que se tratava de um print fake, já que na prática isso é impossível de ser feito. Mas, ainda assim, muitas pessoas caíram nesse golpe, pois o autor da mensagem replicou de maneira muito semelhante os conteúdos oficiais.

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Surgimento da polêmica sobre os recursos bloqueados da Tesla

O criador do post o elaborou tão bem que diversos usuários da plataforma acreditaram que era algo verídico. Alguns reagiram com entusiasmo, outros com piadas e perguntas sobre a possibilidade de ganhar potência extra por um mês, enquanto alguns renderam discussões sobre esse modelo de vendas com recursos bloqueados por paywall.

Got this email today, pretty cool 😎
byu/glebulon inTeslaModel3

Com todo esse burburinho e repercussão outras questões sobre a marca de veículos elétricos acabaram sendo levantadas. Muitos usuários demonstraram insatisfação ao refletirem sobre o modelo de recursos bloqueados que já existe nos carros da Tesla, por exemplo.

O argumento principal era de que, se o hardware está presente no veículo, o proprietário não deveria precisar pagar a mais para desbloquear funções que já são fisicamente possíveis. Em um dos comentários, um internauta comparou o caso ao de comprar um computador com 16 GB de RAM, mas ter acesso a somente 12 GB, a não ser que se pague pela liberação temporária dos outros 4 GB.

Além da Tesla, a Mercedes e a BMW também já adotaram a prática de vender funções bloqueadas por assinaturas, especialmente no mercado europeu. Essa é uma prática mal vista pela grande maioria dos consumidores.

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