A direção autônoma promete mudar não só a tecnologia, mas também a forma como vivemos e interagimos com os carros
A indústria automotiva tem passado por uma de suas maiores transformações da história. A eletrificação já é uma realidade em grande parte do mundo e, agora, o setor quer ir além. A próxima grande mudança é a direção autônoma, que promete alterar não apenas a tecnologia, mas também a forma como os carros são projetados e percebidos pelas pessoas.
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O novo chefe de design da General Motors, Bryan Nesbitt, afirma que essa evolução mudará drasticamente a forma como os automóveis são projetados. Agora, o foco não será apenas na estética, mas também na experiência do usuário e na interação.
Historicamente, grandes transições tecnológicas exigiram uma adaptação do público. Nesbitt relembra que, no início do século XX, um acessório em formato de cabeça de cavalo foi vendido para ser colocado na frente dos primeiros carros, ajudando as pessoas a se acostumarem com a mudança do transporte animal para o automotivo.
O design automotivo enfrentará uma transição não apenas estética, mas também comportamental, já que afetará a forma como os ocupantes utilizam o espaço interno e como o veículo interage com as necessidades diárias.
Nesbitt destaca que a tecnologia só se torna relevante se integrada, de forma engenhosa, à vida do usuário. A direção autônoma pode transformar o carro de um “instrumento de condução” para um “ambiente de convivência e produtividade”.
Esse fator exigirá dos designers repensar totalmente o layout interno, levando em conta ergonomia, conforto e funcionalidade. O desafio é equilibrar o uso coletivo e o desejo individual de privacidade, criando veículos funcionais para diferentes perfis de consumidores.
Para os mais entusiastas, abrir mão do volante pode significar a perda de prazer e conexão emocional com o carro. As equipes de UX (sigla para experiência de usuário) terão de encontrar novas formas de gerar essa conexão entre veículo e passageiro.
A mudança para um cenário 100% autônomo não depende apenas da segurança, mas também da capacidade de criar experiências que preservem algum nível de engajamento emocional.
Os veículos elétricos (EVs) provam diariamente que romper barreiras técnicas não é suficiente para transformar o mercado. Apesar de oferecerem liberdade de design antes limitada pelos motores a combustão, muitos projetos são criticados e comparados a designs caricatos.
Os próximos anos serão decisivos para definir como a direção autônoma influenciará o design e o papel dos carros no cotidiano.
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