Associação entre Honda e Nissan foi sugerida por ministros do Japão
Ideia de criar a maior empresa automobilística do foi debatida no fim do ano passado, mas nenhuma das duas envolvidas se mostrou favorável
Ideia de criar a maior empresa automobilística do foi debatida no fim do ano passado, mas nenhuma das duas envolvidas se mostrou favorável
Uma megafusão desconhecida até o momento veio à tona nesta semana: Nissan e Honda chegaram a analisar uma associação no fim de 2019. A ideia desse acordo partiu não das próprias empresas, mas sim de assessores do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. A ideia era criar a maior empresa do setor no país.
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O objetivo do governo era evitar que empresas importantes para a indústria japonesa perdessem espaço para concorrentes de outros países, que já formaram megaconglomerados. Fusões têm sido vistas como essenciais para o setor: entre outros fatores, isso deve-se também aos altíssimos investimentos demandados pela eletrificação.
Pelo menos duas associações de grande porte foram anunciadas no mesmo período em que a fusão de Honda e Nissan foi sugerida. Uma delas envolve os Grupos PSA e FCA, e a outra, a Volkswagen e a Ford. As informações foram reveladas pelo jornal Financial Times e reproduzidas por sites estrangeiros de jornalismo automotivo, como o The Drive.
Vale lembrar que, entre as grandes fabricantes de veículos japoneses, a Honda é a única que permanece sem grandes parceiros. Já a Nissan forma uma aliança global com a Renault e a Mitsubishi: o caso é que esse acordo vem sofrendo seguidos desgastes nos últimos anos, que culminaram com a prisão de Carlos Ghosn, ex-CEO do Grupo.
O caso é que nenhuma das duas empresas se interessou por essa associação. Os executivos consideraram que a atuação de ambas é muito distinta, o que limitaria de modo determinante o compartilhamento de peças entre os produtos.
É que a Honda tem investido principalmente em automóveis híbridos, e mantém planos de vincular a eletrificação ao uso de hidrogênio. Por sua vez, a Nissan aposta em veículos totalmente elétricos, mas do tipo convencional, com baterias recarregáveis. Além do mais, enquanto a primeira desenvolve tecnologias autônomas de direção autônoma com a Cruise, a segunda recorre à Waymo.
Uma fonte da Nissan teria dito ao Financial Times uma fusão entre Honda e Nissan só pareceria lógica para alguém que entende muito pouco sobre a indústria automotiva. A crise global nas vendas de veículos, provocada pela pandemia, teria sido a pá de cal para essa associação. Nem as empresas nem o governo japonês comentaram a matéria do Financial Times.
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“Vale lembrar que, entre as grandes fabricantes de veículos japoneses, a Honda é a única que permanece sem grandes parceiros. Já a Nissan forma uma aliança global com a Renault e a Mitsubishi…”
E a TOYOTA, não é uma grande empresa japonesa?
Caro Francisco,
A Toyota já mantém parcerias com Mazda, Subaru e Suzuki, além de ter controle acionário da Daihatsu.
Abraço!
E a TOYOTA, não é empresa japonesa?