Boeing 747 deixa de ser fabricado após 52 anos nos céus

O jato jumbo foi um divisor de “ares” no transporte aéreo, sendo fundamental para a evolução das máquinas e surpreendendo a todos com seu tamanho

Boeing 747
Aviões anteriores transportavam cerca de 150 passageiros, um 747 podia acomodar mais de 360 pessoas (Foto: Shutterstock)
Por Lucas Silvério
Publicado em 09/12/2022 às 16h33

O primeiro jato de fuselagem larga do mundo deixa de ser fabricado no início de janeiro de 2023. O Boeing 747 foi um marco para o mercado da aviação. E após 52 anos de produção ele sai de cena sinalizando o fim de uma era.

O grande destaque dessa máquina era o seu tamanho. Entrando no mercado no dia 22 de janeiro de 1970, enquanto os aviões quadrimotores em operação transportavam cerca de 150 passageiros, um 747 totalmente carregado podia acomodar 366 ou mais, dependendo da configuração dos bancos.

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Devido a esse diferencial, o Boeing 747 caiu rapidamente nas graças das companhias aéreas e passageiros, pois o maior número de assentos fez reduzir os preços das passagens e tornou as viagens também mais eficientes.

Além de levar ao mercado vantagens financeiras, os primeiros modelos geralmente apresentavam luxos como lounges e bares no andar superior do avião. Ideia que foi substituída com o tempo para maior otimização do espaço e assentos.

O 747 era de fato tão grande que a Boeing teve que estabelecer uma nova fábrica de produção especificamente para sua construção. A fábrica de Everett, em Seattle, era apenas para esse fim.

Boeing 747
Boeing 747 após seu primeiro voo comercial de Nova York a Londres (Foto: Getty Images)

Fora da operação de passageiros, o 747 tornou-se uma aeronave de carga muito versátil, graças à sua porta frontal de carregamento. Ele também assumiu trabalhos altamente importantes ao longo dos anos, como transportar o Presidente dos Estados Unidos, junto com outros chefes de estado.

Entretanto, com o passar dos anos novas aeronaves, como o Airbus A380, tomaram a soberania do Jumbo. Maiores, mais modernas e eficientes, elas ocuparam o espaço do Boeing 747, precursor dos gigantes.

Aviões como o 777 e 787 Dreamliner, da própria Boeing, e o A350 da Airbus, são melhores e mais econômicos para as companhias aéreas em operações de passageiros e carga.

A produção do Boeing 747 está se encerrando, mas ainda será possível viajar nas aeronaves durante algumas décadas, já que seu tempo de vida útil é por volta de 30 anos.

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