Brasil e China fazem acordo para evitar crise de chips na indústria automotiva

Após intervenção estatal, fabricantes brasileiras terão cota de chips automotivos enviados por empresa envolvida no incidente que ameaça indústria

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Governo chinês disse que reservará lotes específicos dos componentes para a indústria brasileira (Foto: Reprodução)
Por Tom Schuenk
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 04/11/2025 às 06h00

Após um incidente diplomático envolvendo uma fabricante de chips usados por montadoras automotivas, o Brasil corria sério risco de ver suas fábricas paralisadas. Isso, entretanto, não deve acontecer.

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Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o governo federal atuou junto ao governo chinês para garantir o fornecimento dos chips. A China concordou em abrir um canal de diálogo direto com o Brasil, permitindo exceções ao embargo para empresas brasileiras.

A decisão veio por intermédio do vice-presidente, Geraldo Alckmin, Agora, as montadoras e fornecedores nacionais poderão solicitar licenças individuais para a importação dos componentes.

O presidente da Anfavea, Igor Calvet, afirmou que a medida foi crucial para evitar um cenário pior. A associação ressaltou o rápido posicionamento do governo nacional e destacou a importância de manter o diálogo diplomático.

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Entenda o caso

  • A Nexperia é uma fabricante chinesa de chips semicondutores. A empresa tem fábricas na China e no exterior — em países como a Holanda.
  • Por conta da guerra de tarifas entre China e Estados Unidos, o governo dos EUA impôs restrições a companhias chinesas que representam grande ameaça comercial e tecnológica ao país. A dona da Nexperia foi uma delas.
  • Por conta disso, a Nexperia da Holanda também seria afetada. Logo, no começo de outubro, o governo holandês decidiu nacionalizar a sede local da Nexperia.
  • Em resposta, a China proibiu que a Nexperia chinesa exportasse chips para o exterior. Ao mesmo tempo, a Nexperia holandesa ficou impedida de obter matéria-prima de fornecedores chineses.

Segundo analistas, os chips da Nexperia não são altamente complexos, mas são utilizados em largo volume pela indústria. Segundo a Anfavea, os modelos de carros mais modernos contêm entre 1.000 e 3.000 chips por veículo. Eles servem para comandar aspectos do motor, transmissão, ABS, central multimídia, câmera de ré, airbags e mais.

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