BYD e Chery fraudaram fundos de investimento do governo chinês

Durante auditoria no Ministério da Indústria e Tecnologia montadoras foram desmascaradas por se apropriarem de subsídios de forma fraudulenta

Linha de Montagem BYD
Montadoras chinesas receberam milhões em subsídios para veículos que não atendiam aos critérios do governo (Foto: BYD | Divulgação)
Por Júlia Haddad
Sob supervisão de Felipe Boutros
Publicado em 22/07/2025 às 12h00

Uma investigação do governo chinês identificou que grandes montadoras, como BYD e Chery, embolsaram indevidamente centenas de milhões de yuans por meio de fraudes em programas de incentivo a carros eletrificados. Juntas, as fabricantes embolsaram cerca de 864 milhões de yuans (aproximadamente R$666 milhões).

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A China é atualmente líder mundial na produção de carros eletrificados, conquista alcançada com um programa de subsídios incentivadores a fabricação e a compra de veículos elétricos e híbridos plug-in. A Estratégia foi implementada no inicio da ultima década.

O objetivo era tornar esses veículos mais acessíveis e estimular sua adoção em larga escala. Os fabricantes que atendessem aos critérios estipulados pelo governo eram elegíveis para receber apoio financeiro.

Agora, uma recente auditoria conduzida pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação revelou fraudes no uso desses recursos. A análise abrangeu os subsídios distribuídos entre 2016 e 2020 e identificou que algumas montadoras receberam valores indevidos.

A Chery solicitou 240 milhões de yuans (aproximadamente R$186 milhões) para 7.663 veículos que não atendiam às exigências do programa. Já a BYD recebeu 143 milhões de yuans (cerca de R$110 milhões) para 4.973 carros igualmente inelegíveis. A auditoria identificou que 21.725 veículos receberam subsídios indevidamente.

O governo ainda não definiu se exigirá a devolução desses valores ou se descontará os montantes de futuros incentivos.

Além disso, o governo chinês também pediu que os fabricantes abandonem práticas ilegais como os “autoregistros em massa”. Essa prática é quando empresas registram carros novos como usados para atingir metas de vendas, garantir subsídios e manter a produção ativa.

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