BYD tem maior queda trimestral de lucro em mais de quatro anos

Fabricante chinesa enfrenta desaceleração nas vendas e aumento da concorrência doméstica com marcas como GWM, Geely, Leapmotors, entre outras

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Entre julho e setembro, o lucro líquido somou 7,8 bilhões de iuanes (US$ 1,10 bilhão), uma redução de 32,6% em relação ao mesmo período de 2024, (Foto: BYD | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 03/11/2025 às 13h00

A BYD registrou no terceiro trimestre de 2025 a maior retração no lucro em mais de quatro anos, refletindo os efeitos da concorrência crescente entre fabricantes de veículos elétricos na China. O resultado marca também o segundo trimestre consecutivo de queda nos ganhos da companhia.

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Entre julho e setembro, o lucro líquido somou 7,8 bilhões de iuanes (equivalentes a US$ 1,10 bilhão), uma redução de 32,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (30). A receita caiu 3,1%, para 195 bilhões de iuanes, a primeira retração em mais de cinco anos.

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A perda de fôlego ocorre em meio à disputa cada vez mais intensa no mercado chinês de elétricos e híbridos, onde marcas como Geely e Leapmotor vêm ganhando terreno, sobretudo no segmento de carros de entrada. Em setembro, a participação de mercado da BYD caiu para 14%, ante 18% no ano anterior.

Mesmo diante do cenário desafiador, a maior montadora da China revisou sua meta de vendas para 2025, reduzindo-a em 16%, para 4,6 milhões de veículos. A empresa, porém, mantém otimismo nas exportações e espera dobrar os embarques de elétricos e híbridos plug-in a partir de 2024, destacando a Europa como um dos mercados com maior potencial de expansão.

Como parte de sua estratégia internacional, a BYD pretende reforçar a presença no Japão, onde lançará um novo mini-EV desenvolvido para o mercado local durante o Japan Mobility Show, que abre ao público nesta sexta-feira (31).

No mercado doméstico, a companhia ofereceu uma nova rodada de descontos no mês passado em modelos como o Qin Plus, para manter competitividade em um cenário de margens pressionadas — cerca de 80% das vendas da BYD ainda vêm da China.

Os números também refletem uma queda nas vendas trimestrais de veículos, a primeira desde 2020, acompanhada por uma redução no ritmo de produção em suas megafábricas.

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