Picape híbrida da marca chinesa busca reverter desempenho comercial abaixo do esperado e acirrar briga com líderes do segmento
A BYD aplicou um desconto de R$ 40 mil no preço de sua picape média, a Shark. A promoção tem como objetivo aumentar as vendas da picape média — o grande fracasso comercial da BYD no Brasil.
Com a redução, o preço oficial da BYD Shark, que era de R$ 379.800, passa a ser de R$ 339.800. O novo valor torna a picape híbrida mais barata que as versões topo de linha de concorrentes tradicionais a diesel, como a Toyota Hilux SRX Plus (R$ 353.290) e a Ford Ranger Limited (R$ 346.600).
Enquanto a BYD se dá bem no segmento de carros elétricos, a vida é bem diferente entre as picapes médias. A Shark estreou, no ano passado, como a grande novidade do setor, mas vende apenas uma fração das líderes.
Foram 922 unidades vendidas de janeiro a outubro desse ano, segundo dados oficiais. A Toyota Hilux, por exemplo, emplacou 41.363 unidades. A Ford Ranger, 28.132 unidades.
O principal diferencial da Shark continua sendo sua motorização: é a única picape média híbrida plug-in (PHEV) à venda no Brasil. Seu conjunto combina um motor 1.5 turbo a gasolina com dois motores elétricos, entregando uma potência combinada de 437 cv e 65 kgfm.
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Mesmo com o desconto, a BYD ainda enfrenta desafios como a desconfiança de parte do consumidor com uma marca nova no segmento (mais conservador). Também há baixa familiaridade do público das picapes com os sistemas híbridos plug-in, que exigem recarga na tomada para entregar sua máxima eficiência.
O movimento da BYD, no entanto, ocorre em meio a uma tendência de eletrificação, com concorrentes como a Ford Ranger com versões híbridas plug-in já anunciadas.
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