Caminhoneiros pedem redução nas alíquotas da reforma tributária
As empresas pedem a redução do percentual dos impostos para garantirem maio viabilidade da qualidade do tranporte
As empresas pedem a redução do percentual dos impostos para garantirem maio viabilidade da qualidade do tranporte
Representantes do setor de transporte rodoviário de cargas defenderam nesta quarta-feira (21) a inclusão na reforma tributária (PECs 45/19 e 110/19), em discussão na Câmara dos Deputados, de medidas dirigidas ao setor, que responde pela movimentação de mais de 60% de tudo que é produzido e consumido no Brasil.
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O assunto foi debatido na 22ª edição do Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, realizado pela Comissão de Viação e Transportes, em parceria com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e a Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac).
Se o transporte de cargas vier sem crédito de mão de obra e sem crédito de combustível, não vamos ter crédito de nada. Vai haver aumento de carga tributária”, apontou Costa.
A consultora tributarista da CNT, Alessandra Brandão, defendeu que o setor de transporte de cargas seja tratado de maneira diferente na reforma tributária devido à essencialidade da atividade.
O transporte é essencial. Não tem como um País evoluir, se desenvolver, se ele não tem um transporte adequado”, declarou Alessandra.
Ela acrescentou que a União Europeia adota alíquotas mais baixas de IVA (equivalente ao IBS que se quer implantar no Brasil) para o setor de transporte de cargas.
Os representantes do setor afirmaram ainda que o aumento da carga tributária para as empresas vai se refletir no frete, com efeito inflacionário sobre toda a economia.
O empregador tem de estar bem. E, para isso, o governo federal tem de contribuir nas regulamentações e também naquilo que compete a ele subsidiar”, comentou.
Por sua vez, o deputado Diego Andrade (PSD-MG) sustentou que haverá aumento da informalidade se a reforma tributária aumentar a carga sobre o setor.
É preciso ter uma carga diferenciada para o setor do transporte, sim, possivelmente bem mais reduzida”, pontuou.
O deputado Leônidas Cristino (PDT-CE) defendeu maior investimento na construção de rodovias. Ele ressaltou que o Brasil necessita retomar uma agenda de planejamento rodoviário.
Desde 1995, praticamente não teve nenhum plano de melhoria, de qualificação e de ampliação das nossas rodovias”, disse.
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