Carro elétrico chinês se parte ao meio em acidente — mas não pega fogo

Acidente em Xangai destruiu Nio EC6, mas bateria permaneceu intacta; montadora nega falha no piloto automático

Nio Ec6 se parte ao meio em acidente na China
Impacto contra barreira de concreto separou a traseira da cabine do EC6 (Foto: Weibo | Reprodução)
Por Júlia Haddad
Publicado em 04/12/2025 às 09h00

Um SUV elétrico Nio EC6 ficou completamente destruído e partiu-se ao meio após uma colisão em alta velocidade no subúrbio de Xangai, no último dia 1º de dezembro. O veículo atingiu a extremidade de uma barreira de concreto, causando o desprendimento total da traseira em relação à cabine. Apesar da gravidade do impacto, os dois ocupantes sobreviveram e foram encaminhados ao hospital sem ferimentos com risco à vida.

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A montadora chinesa Nio divulgou dados preliminares da telemetria do carro, indicando que o veículo trafegava a 118 km/h no momento da batida — quase o dobro do limite de velocidade da via, que é de 60 km/h. Segundo a empresa, o sistema de condução assistida (NOP) não estava ativado. O relatório técnico apontou que os sistemas de segurança passiva funcionaram conforme o previsto: os airbags foram acionados, as portas destravaram automaticamente para facilitar o resgate e a chamada de emergência foi efetuada pelo computador de bordo.

Um dos pontos que mais chamou a atenção de especialistas e do mercado foi o comportamento do conjunto de baterias. Mesmo com o chassi seccionado, a bateria permaneceu estável, sem apresentar sinais de incêndio, fumaça ou fuga térmica — um temor comum em acidentes severos com elétricos.

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Nio EC6, SUV cupê da marca chinesa (Foto: Nio | Divulgação)

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Polêmica na internet

O episódio gerou controvérsia nas redes sociais chinesas. Relatos da imprensa local sugerem que funcionários da Nio teriam tentado impedir que testemunhas filmassem os destroços, cobrindo o veículo logo após o acidente. A montadora não comentou especificamente sobre a conduta da equipe no local, e as alegações não foram verificadas de forma independente.

Especialistas em segurança viária ponderam que a dinâmica do acidente foi atípica. O choque contra a ponta da barreira de concreto (conhecida como “quilha”) concentrou a energia cinética em um ponto estreito da estrutura lateral, agindo como uma lâmina. Sem uma perícia oficial completa, ainda é prematuro tirar conclusões definitivas sobre a integridade estrutural do modelo EC6 em condições normais de tráfego. A polícia de Xangai mantém a investigação em andamento.

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