Híbrido nacional Lecar terá motor Renault e fábrica no ES

Carro do Elon Musk brasileiro que seria elétrico, agora terá motor híbrido com componentes Renault e WEG, assim como no Attack 9

LECAR 459 PRATA PROTOTIPO FRENTE
Lecar 459 ganhou novo esboço, bem diferente do primeiro apresentado pela marca (Fotos: Projeção | Lecar | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 24/08/2024 às 13h03
Atualizado em 24/08/2024 às 16h48

A Lecar, marca criada recentemente pelo empresário Flávio Figueiredo Assis (que se autodenomina como o Elon Musk brasileiro) divulgou novas informações sobre o projeto modelo 459. Em meados de junho, Assis anunciou uma reviravolta em seu projeto: o carro que seria elétrico se tornou híbrido.

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A justificativa seria pelo fato de o carro híbrido ser mais prático para o consumidor. Agora, a Lecar, que terá linha de montagem no Espírito Santo, divulgou novo esboço do carro, que em nada se parece com as primeiras projeções, assim como uso de conjunto de 163 cv.

LECAR 459 PRATA PROTOTIPO LATERAL
Segundo a Lecar, o 459 híbrido terá propulsão a partir de um motor elétrico de 163 cv, mas a energia será gerada por um motor semelhante ao do Kardian

Esse conjunto na verdade combina motor 1.0 turbo de 122 cv, fornecido pela Horse (marca da Renault e Geely), que é basicamente o mesmo bloco do Kardian, a um módulo elétrico da brasileira WEG que atua como gerador.

Ou seja, o motor a combustão gira o gerador, a corrente produzida é armazenada nas baterias que alimentam o motor elétrico de 163 cv e 26,3 kgfm de torque, fornecido pela chinesa HEPU Power. Ele será responsável pela tração do 459, que segundo a marca permitirá aceleração de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos.

Parte deste sistema é muito parecido com o conjunto que o ônibus Attack 9 Híbrido, da Volare, marca do grupo Marcopolo. Neste caso, um motor elétrico atua na tração das rodas traseiras enquanto o motor a turboflex trabalha com rotação média de 3.000 rpm para que o gerador produza eletricidade para as pilhas.

LECAR 459 PRATA PROTOTIPO TRASEIRA
Lecar não deu dados sobre as baterais do 459, mas promete 1.000 km de autonomia combinada

No caso do ônibus híbrido da Volare, há três packs com capacidade para 122 kWh. As baterias são enormes e são montadas entre o chassi e o assoalho do veículo.

Já no caso do carro da Lecar, a marca afirma que o 459 Híbrido tem autonomia combinada de 1.000 km, mas poderá rodar até 100 km com eletricidade. No entanto, a fabricante capixaba não deu detalhes da capacidade das baterias.

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6 Comentários
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Ricardo Machado 25 de agosto de 2024

Fabricar e vender “Kits Híbridos” para substituir o Grupo Motopropulsor dos carros nacionais mais antigos poderia ser um NICHO DE MERCADO para ser explorado por Empreendedoras mais “ligados” (⚡😁) nas necessidades dos brasileiros.
Um motor 4 Cilindros (SEM “correia banhada em óleo”, e. NEM um 3 Cilindros “descartável”, MALDITOS SEJAM!) girando em uma faixa de RPM onde “Consumo X Poluição X Torque/Potência” sejam OTIMIZADOS (Apenas Girar o Gerador com o mínimo de problemas) e com o Gerador ocupando o espaço da Caixa de Marchas e o espaço restante usado para o Banco de Baterias principalis (Talvez um conjunto extra no porta-malas, onde seria o cilindro de gás para os carros a gás), provavelmente não terá a Autonomia puramente elétrica como modelos que foram projetados com espaço para o Conjunto de Acumuladores, mas para quem tem um carro antigo confiável e DESPREZA os carros de Plástico e uma forma de Contribuir para controle da poluição, ou Alternativamente, um Kit de Adaptação nessa características aproveitando o motor original,
que poderia ser instalado nas “autorizadas” do Fornecedor do Kit, mediante apresentar um veículo com boas condições estruturais (Incentiva a MANUTENÇÃO)

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Gabriel 27 de agosto de 2024

A falta de confiabilidade desses motores mais novos se deve ao projeto, e não à quantidade de cilindros. O que precisamos é de um motor confiável, seja lá quantos cilindros ele tiver.

Quanto ao tipo de tração você tem razão: A tração primária elétrica já está pronta há quase 200 anos, o carro eletrico só não se popularizou ainda porque baterias simplesmente não armazenam eletricidade, mas sim energia química, e uma das consequencias disso é que o perfil de fluxo de energia de uma bateria plug-in é exatamente o oposto do que um veiculo precisa. Para que o carro elétrico dê certo, precisamos tirar as baterias plug-in e substituir por uma bateria hibrida pequena junto com literalmente qualquer sistema que gere eletricidade a bordo de forma limpa.

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Fabrício Oliveira 25 de agosto de 2024

E outra, o gerador de energia também poderia ser um dos modelos da WEG também, outro item nacional.

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Gabriel 27 de agosto de 2024

Na verdade, deveriam excluir completamente a weg do projeto, eles não fizeram quase nada em termos de mobilidade elétrica em 15 anos e só agora lancaram kits de motor caríssimos atrelados a uma fueltech virtualmente inútil.

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Fabrício Oliveira 25 de agosto de 2024

Pq ao invés de utilizarem o motor chinês, não utilizam o motor FTE WEG 130KW (176,5 cv)?? É um motor mais potente e de fabricação nacional, aumentaria a porcentagem de nacionalização do modelo, já que o motor já vem com um inversor também da WEG. Aí importariam somente o pack de baterias de um fabricante estrangeiro.

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Gabriel 27 de agosto de 2024

Na verdade, deveriam excluir completamente a weg do projeto, não fizeram quase nada em termos de mobilidade elétrica em 15 anos e só agora lancaram kits carissimos atrelados a uma fueltech virtualmente inútil, existem apenas para ganhar licitação.

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