O executivo alemão defende alternativas limpas à eletrificação total e alerta para dependência da Europa em relação à China
Em entrevista ao Politico publicada nesta sexta-feira (5), Oliver Zipse, CEO da BMW Group, voltou a criticar a decisão da União Europeia de proibir a venda de veículos com motores a combustão interna a partir de 2035.
O empresario classificou a medida como um “erro enorme” e defendeu que as autoridades europeias permitam o uso de combustíveis mais limpos.
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Zipse argumentou que empresas de energia, como BP e Shell, também devem ser responsabilizadas pela transição energética. O acordo, assinado em 2023 pelos 27 Estados-membros do bloco, abre exceção apenas para motores movidos a combustível sintético, tecnologia que ainda não é produzida em escala industrial.
Essa não é a primeira vez que o executivo se posiciona contra a medida. No ano passado, ele afirmou que a transição total para veículos elétricos seria uma meta irrealista e alertou para a crescente dependência das montadoras europeias em relação aos fornecedores chineses de baterias.
Mesmo diante de desafios como tarifas mais altas nos EUA, baixa demanda e forte concorrência chinesa, a BMW mantém a previsão de vender 2,5 milhões de veículos em 2025. Segundo Zipse, os resultados de agosto superaram os do mesmo período do ano anterior.
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Pois é, óbvio!
Proibir motores a combustão, apenas por ser tecnologia a combustão, beira a ingenuidade e o primarismo.
O grande X deve estar focado no tipo de combustível, e nas maneiras como se dá a “combustão × propulsão”.
Além das opções já disponíveis de combustíveis renováveis, existem ainda outras opções tambem promissoras e em desenvolvimento. Junte-se a isso as tecnologias hibrido-eletricas que rendem bem mais do que a tração direta a combustão.
E lembrando mais uma vez que o mundo não tem eletricidade limpa na tomada que dê conta de uma hipotética frota a bateria de muitos milhões de veículos.