CEO da Ford diz que China está 10 anos a frente dos EUA e precisa de sua intelectualidade
Enquanto isso ele desenvolve uma mega fábrica de baterias no país americano e defende que este é um meio de salvar a indústria local
Enquanto isso ele desenvolve uma mega fábrica de baterias no país americano e defende que este é um meio de salvar a indústria local
O CEO da Ford, Jim Farley, afirmou que a China está cerca de 10 anos à frente das montadoras ocidentais no desenvolvimento de baterias para veículos elétricos (EVs) e que o acesso à propriedade intelectual chinesa é essencial para que fabricantes dos Estados Unidos permaneçam competitivos. A declaração foi dada em entrevista ao The New York Times.
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Segundo Farley, a única maneira de a Ford alcançar e eventualmente superar a indústria automobilística chinesa é por meio da adoção de sua tecnologia de baterias.
A maneira como competimos com eles é obter acesso à sua propriedade intelectual, exatamente como eles precisaram da nossa há 20 anos, e então usar nosso ecossistema inovador, a engenhosidade americana, nossa grande escala e proximidade com o cliente para vencê-los globalmente”, afirmou Farley ao jornalista Thomas L. Friedman, do NYT. “Será uma das corridas mais importantes para salvar nossa economia industrial.”
Essa estratégia citada pelo CEO já está em curso, uma vez que a Ford constrói o BlueOval Battery Park, um megacomplexo de produção de baterias que deve entrar em operação em 2026. O local será responsável pela fabricação de milhares de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) baseadas na tecnologia da fabricante chinesa CATL.
Com isso, Farley pretende – basicamente – entrar fortemente na briga do ramo de baterias e “americanizar” o comércio desta tecnologia, como cita no fim de sua fala “salvando” a economia industrial estadunidense.
A nova planta focada no ramo de baterias para veículos elétricos da Ford foi anunciada no início de 2023 com o investimento de US$ 3,5 bilhões. A planta, denominada de BlueOval Battery Park Michigan, está em instalação em Marshall, Michigan, nos Estados Unidos.
A fábrica será uma subsidiária da marca e iniciará sua produção em 2026, com o plano de produzir 2 milhões de veículos elétricos por ano no mesmo período.
Na época, Farley se mostrou positivo e apontou que a Ford estava cumprindo seu papel de aumentar a produção pelo aumento da demanda.
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O grande problema da cartilha gerencial americana, é o foco prioritário nos balanços financeiros imediatos, priorizando dividendos nas bolsas de valores. Isso implica cortes indiscriminados de custos e de investimentos, além de uma aceleração imprudente dos cronogramas de produção, atropelando o tempo e o trabalho necessário para se amadurecer projetos e produtos.
Um exemplo bem ilustrativo disso é a Boeing: A lider gigante e grande referência do seu setor no passado, hoje é uma gigante estremecida e lutando para salvar-se da crise que ela própria produziu para si.
Em matéria de automóveis então….sem comentários!
Realmente os chineses estão 10 anos à frente, porém acredito que nenhum país ocidental consiga ter competividade principalmente na questão do preço para produção de baterias. Apesar que é possível que o governo Trump tente favorecer a indústria local dando subsídios e elevando impostos para as baterias chinesas. Talvez essa seja a última cartada da Ford.
Os chineses tem uma escala de produção surreal, realmente impossível concorrer.
Não tem como, Antonio. O regime autocrático chinês, onde o estado tem muito controle sobre a mão de obra, proporciona o custo reduzido de produção. É só ver quantos cidadãos imigram para a China para ser operário…acho que ninguém, na verdade nem sei se é possível, mas se for, a pessoa trabalha só para comer e olhe lá.
Estadunidense tendo autocrítica e aceitando a superioridade de outrem?
Não é possível que vivi para ler essa notícia, esse povinho do Norte são de uma arrogância e impafia ímpar. Para dizer isso assim é porque está mil vezes pior.