China contra-ataca e ameaça taxar carros de luxo europeus

China não deixa barato depois que a União Europeia aposta no protecionismo e vota pelo aumento das tarifas dos carros elétricos chineses

shutterstock carros de luxo taxados na UE
Empresas alemãs e italianas que oferecem veículos de alto desempenho e luxo com motores de combustão serão as principais afetadas pelo aumentos dos impostos (Foto: Shutterstock | AutoPapo)
Por Julia Vargas
Publicado em 09/10/2024 às 16h00

A disputa por dominância de mercados entre China, Estados Unidos e agora União Europeia (UE) está esquentando cada vez mais e ganhando proporções de guerra tributária. A briga da vez envolve uma reação do país oriental que pretende aumentar as tarifas para os carros de luxo fabricados nesse continente.

Toda essa história começou quando o presidente americano Joe Biden, temendo a ‘ameaça’ dos carros elétricos chineses com tecnologias avançadas e preços reduzidos, estabeleceu uma taxa exorbitante de 100% para esses produtos importados. Mais tarde, o Departamento de Comércio dos EUA entrou com uma proposta para proibir o uso de software e hardware chineses em veículos conectados à internet no país.

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Enquanto isso, a UE seguiu o exemplo e em junho deste ano definiu taxas que chegam a 38,1%. No entanto, em nova votação do bloco econômico, dez países foram a favor de aumentar ainda mais os impostos sobre os carros elétricos chineses, enquanto cinco foram contra e 12 se abstiveram.

Dessa forma, a resposta imediata do governo chinês foi aumentar temporariamente as tarifas do conhaque europeu, variando entre 30,6% a 39,0%. E o próximo alvo dessa resposta chinesa parece ser carros a combustão de alto desempenho que são importados da Europa.

Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou que “a China se opõe firmemente às práticas protecionistas injustas, não conformes e irracionais da UE”. A autoridade ainda destacou que “o país está estudando medidas como o aumento de tarifas sobre veículos importados movidos a combustível de grande cilindrada”, já que o governo “tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das indústrias e empresas chinesas”.

Isso vai impactar principalmente empresas alemãs e italianas que oferecem veículos de alto desempenho e luxo com motores de combustão interna na China. Outros itens como produtos agrícolas europeus, carne suína e laticínios, por exemplo, também foram alvo das medidas ‘antidumping”.

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