China propõe novas regras para maçanetas de veículos elétricos após acidentes

Casos de ocupantes presos em veículos elétricos levam governo a exigir sistema que dispense eletricidade para abrir as portas

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Após uma série de acidentes o governo chinês está irredutível quanto a permanência de maçanetas elétricas (Foto: Nio | Divulgação)
Por Júlia Haddad
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 23/12/2025 às 20h00

O governo chinês abriu consulta pública para enrijecer as normas de segurança aplicáveis a maçanetas retráteis, com foco prioritário nos veículos elétricos. A proposta de revisão técnica, aberta até o dia 23 de dezembro, é uma resposta direta a acidentes de grande repercussão — incluindo casos com o sedã Xiaomi SU7 — nos quais as portas permaneceram travadas após colisões ou falhas elétricas, dificultando o resgate das vítimas.

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O texto preliminar determina que as portas laterais (com exceção de configurações específicas de porta-malas ou portas traseiras) sejam equipadas com dispositivos de liberação mecânica acessíveis externamente. A exigência visa assegurar que o veículo possa ser aberto manualmente, sem depender de alimentação elétrica ou de sistemas de destravamento automático, que frequentemente falham em cenários de incidentes térmicos das baterias.

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Fim da estética sobre a função?

A medida ataca diretamente a tendência das maçanetas embutidas (“flush handles”), populares pela estética limpa e ganho aerodinâmico, mas criticadas pela complexidade em emergências. O projeto estipula testes de resistência rigorosos: as maçanetas externas deverão suportar uma força de tração de pelo menos 500 N sem rompimento. Já os mecanismos internos precisarão operar sob carga de 200 N, garantindo funcionalidade mesmo após deformações na carroceria.

Leapmotor B10 detalhe porta maçaneta e porta de carregamento

O protocolo inclui ainda simulações de colisão seguidas de corte total de energia para verificar a eficácia da abertura manual. Caso aprovada, a norma terá um cronograma de implementação gradual. Para veículos novos recém-homologados, requisitos de design entrarão em vigor 13 meses após a publicação. Já para modelos que possuem homologação vigente e estão em produção, as montadoras terão um prazo de transição de até 25 meses para adequar seus projetos às novas diretrizes de segurança.

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