BMW despede do motor V12 com edição limitada do M760Li
Após 35 anos de serviços prestados no topo da gama, a BMW está aposentando o seu motor V12; Uma edição limitada do Série 7 marca a despedida
Após 35 anos de serviços prestados no topo da gama, a BMW está aposentando o seu motor V12; Uma edição limitada do Série 7 marca a despedida
A BMW começou a fazer motores V12 com o Série 7 da geração E32. Esse motor estreou na marca em 1987 e virou uma tradição no sedã topo de linha bávaro. Porém, tudo tem um fim, infelizmente. E o fim do motor V12 na BMW está programado para 2022.
Os alemães não vão matar esse motor discretamente, o Série 7 ganhará uma edição de despedida para o motor V12. Hoje esse propulsor vem apenas no M760i xDrive, versão topo de linha e com pegada esportiva. Esse modelo irá ganhar a edição Final V12 nos mercados onde o motor é disponível (o Brasil fica de fora).
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Essa edição de despedida virá de série com todos os opcionais oferecidos no veículo. Caberá ao proprietário escolher a cor da carroceria e a combinação de couro com madeira para o interior. E são muitas escolhas, ele terá disponível mais de 80 cores do programa de personalização BMW Individual. O comprador ainda levará de brinde um troféu de mesa com identificação da edição especial e trazendo a cor do veículo e do interior.
O Mercedes-Benz sempre foi a referência na categoria de sedãs de alto luxo e o BMW Série 7 era apenas um coadjuvante. Os bávaros tentaram ganhar mais destaque nessa categoria com a avançada geração E32, que trouxe inovações como suspensão ativa, controle de tração e faróis com projetor. A cereja do bolo era o motor V12, maior e mais suave que os V8 usados pela Mercedes.
Esse primeiro V12 é chamado M70 e foi feito apenas com o deslocamento de 5 litros. Esse motor trazia bloco de alumínio, acelerador eletrônico, tuchos hidráulicos e uma ECU para cada bancada de cilindros. Na versão original ele rendia 299 cv, a partir de 1992 cresceu para 5.6 e passou a render 380 cv.
O motor M70 também foi base para o motor do McLaren F1, que se tornou o carro mais rápido do mundo nos anos 1990. A divisão Motorsport preparou o motor para o superesportivo, dando o nome S70 para o V12. Essa versão mais brava do motor também foi usada em protótipos de LeMans.
O M70 foi o primeiro de quatro motores V12 da marca, em 1993 estreou uma segunda geração desse motor batizada de M73. Esse motor continuava tendo comando simples no cabeçote e duas válvulas por cilindro, mas passou a adotar apenas uma ECU.
Com o controverso Série 7 E63, desenhado por Chris Bangle, estreou o terceiro motor V12 da BMW: o N73. Esse motor trazia comando duplo, quatro válvulas por cilindro, comando variável Vanos e era um 6.0. Uma versão maior desse motor, com 6,75 litros de deslocamento, foi feita para o Rolls-Royce Phantom.
O N73 foi usado pela Rolls-Royce até 2016, mas no BMW Série 7 foi substituído pelo atual N74 em 2008. A maior novidade desse motor novo era ser biturbo, para ajudar nas emissões e também a render mais potência.
Nos carros da BMW ele era um 6.0, produzindo 544 cv. Na geração atual do Série 7 ele cresceu para 6.6 e produz 610 cv, 0 torque é de 81,5 kgfm. Já a Rolls-Royce tem uma versão 6.75 desse V12 biturbo, com 571 cv e estonteantes 91,7 kgfm.
Apesar da BMW estar aposentando esse motor no Série 7, nada foi dito sobre a linha Rolls-Royce. O motor de 12 cilindros deverá ganhar uma sobrevida na marca de alto luxo, assim como ocorre com o V12 da Mercedes-Benz que ainda é usado pela Maybach.
Fotos: BMW | Divulgação
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