Donos de autoescolas param cidades do Brasil em protesto a novas regras da CNH

Temendo desemprego com mudanças nos curso de formação de condutores, os representantes das autoescolas orquestraram protesto nacional para divulgar a causa

Protesto de autoescolas
No Recife, carros de autoescola formaram fila no bairro do Pina (Foto: Reprodução)
Por Eduardo Passos
Publicado em 23/10/2025 às 18h44

Nessa quinta-feira (23), diversas capitais do Brasil registraram protestos de donos de autoescola, contrários à flexibilização da CNH promovida pelo governo federal. As manifestações consistiram em centenas de veículos, que se juntaram em pontos de grande circulação das cidades para atrair atenção à causa.

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A reportagem de AutoPapo constatou protestos em pelo menos 13 estados. Em São Paulo (SP), por exemplo, foram cerca de 200 veículos que formaram fila quilométrica na ponte Estaiada, sobre a Marginal Pinheiros.

Em Fortaleza (CE), a aglomeração foi em frente à arena Castelão, onde os manifestantes estimaram cerca de 700 participantes no geral. No Recife (PE), as imagens das redes sociais chamaram atenção pelo comprimento do protesto, filmado por drone.

Em todos os casos, usuários relataram engarrafamentos causados pela disrupção no tráfego.

O que dizem as autoescolas?

O motivo da insatisfação é a mudança que o governo federal fará no processo de obtenção da CNH. Daqui em diante, aulas práticas e teóricas serão opcionais: quem desejar ir direto para a prova, poderá fazer isso.

De um lado, diminui-se o custo do aluno; por outro, o faturamento das autoescolas cai bastante, e ameaça empregos. Em cenário mais pessimista, cerca de 300 mil, estima a Feneauto, que representa o setor.

Os donos de autoescolas também argumentam que a não-obrigatoriedade das aulas pode prejudicar a qualidade dos motoristas.

Protesto de autoescolas 2
Protesto em São Paulo ocorreu na ponte Estaiada, na Zona Sul (Foto: Reprodução)

O que diz o governo?

A medida — que já tem OK do presidente Lula — busca baratear o custo de se obter a CNH e diminuir a informalidade. Isso porque, constatou o Ministério dos Transportes, cerca de 20 milhões de brasileiros conduzem veículos sem a devida habilitação.

Com aulas facultativas, o custo para se obter a carteira de motorista deve cair de R$ 3.500, em média, para R$ 700. Além disso, argumenta o ministério, também há mudanças favoráveis às autoescolas. Entre elas, está a permissão de aulas teóricas em formato EaD, ou uso de carros automáticos e até alugados como veículos de aprendizado e prova.

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