Tecnologia britânica combina motor leve, inversor de alto desempenho e frenagem regenerativa para reduzir peso e ampliar autonomia
A fabricante britânica Yasa, subsidiária da Mercedes-Benz sediada no Reino Unido, apresentou um novo sistema de propulsão elétrica integrado à roda que promete superar um dos maiores entraves da engenharia automotiva: o peso excessivo da massa não suspensa. Segundo a empresa, o protótipo estabeleceu um recorde mundial — ainda não oficial — de densidade de potência, entregando o equivalente a mais de 1.000 cv por roda.
O diferencial do equipamento está na relação peso-potência. Com apenas 12,7 kg, o motor atinge uma densidade de 79 cv/kg. Para efeito de comparação, o motor Dark Matter da Koenigsegg, referência no setor de hipercarros, tem cerca de 20 cv/kg. A Yasa afirma que seu modelo é o primeiro motor de roda com “massa neutra”. Na prática, isso significa que o peso do motor é compensado pela eliminação de componentes pesados, como eixos de transmissão e freios a disco traseiros, sem prejudicar a dirigibilidade.
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O sistema opera em conjunto com um inversor de 15 kg, capaz de gerar 134 cv/kg. Juntos, formam um trem de força compacto que se aloja inteiramente dentro da roda. Tim Woolmer, fundador e diretor de tecnologia da empresa, explica que a arquitetura permite potências contínuas de até 536 cv, resolvendo limitações térmicas comuns em motores in-wheel anteriores.
Além da propulsão, a tecnologia integra um sistema de frenagem regenerativa de alta eficiência. A capacidade de recuperar energia é tão elevada que permite aos fabricantes reduzir drasticamente o tamanho dos freios mecânicos ou até suprimi-los no eixo traseiro. A estimativa da Yasa é que a adoção do sistema reduza o peso total de um veículo elétrico em até 200 kg em adaptações de modelos existentes, ou até 500 kg em carros projetados do zero para a plataforma.
Desenvolvido com financiamento do Advanced Propulsion Centre do Reino Unido, o projeto visa a escalabilidade. “É a porta de entrada para veículos elétricos mais leves, eficientes e de maior desempenho”, diz o CEO Joerg Miska. A redução de peso, aliada à eficiência do motor, tem potencial para estender significativamente a autonomia das baterias, hoje o principal custo dos elétricos.
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