Uma operação policial em fábrica da Hyundai gerou um embate diplomático entre EUA e Coreia do Sul por causa de vistos
A situação imigratória tem estampado as manchetes com frequência desde que Donald Trump retornou à presidência do país. Dessa vez, as autoridades de imigração realizaram uma operação em uma fábrica da Hyundai-LG na Geórgia e detiveram cerca de 475 pessoas, acusando-as de serem “imigrantes ilegais”.
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Entre os detidos, mais de 300 eram técnicos e trabalhadores sul-coreanos qualificados que a Hyundai havia enviado temporariamente para ajudar a instalar máquinas e treinar funcionários locais. A situação gerou comoção porque eles estavam com vistos inadequados, como vistos de negócios de curto prazo (B1), em vez de vistos de trabalho de longo prazo.
Donald Trump revelou que queria que os trabalhadores coreanos permanecessem no país para treinar os americanos. O presidente chegou a suspender temporariamente a liberação dos detidos para ouvir a posição do governo da Coreia do Sul.
Em resposta a isso, o governo sul-coreano recusou a ideia e insistiu que os trabalhadores voltassem imediatamente para seu país natal. O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul conseguiu garantir que esses 330 trabalhadores fossem liberados e enviados em um voo fretado. Cho Hyun, Ministro das Relações Exteriores, garantiu que os trabalhadores estivessem sem algemas, a fim de minimizar constrangimentos diplomáticos.
O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, criticou a operação, afirmando que ela pode desencorajar investimentos estrangeiros nos Estados Unidos. Ele destacou que os trabalhadores não estavam buscando empregos permanentes, mas sim apenas instalando equipamentos para a nova planta.
Atualmente, conseguir um visto de trabalho adequado para os EUA pode demorar meses. Esse fator dificultador pode representar um obstáculo para as empresas estrangeiras que precisam enviar especialistas para projetos em solos americanos.
O ocorrido gerou tensão entre EUA e Coreia do Sul, que são dois aliados estratégicos. O episódio ainda destacou as fragilidades do sistema de imigração dos EUA, como a burocracia do sistema de vistos, que pode levar as empresas a usarem alternativas inadequadas para cumprir prazos. O episódio ainda destaca a dependência de trabalhadores especializados estrangeiros em alguns serviços de empresas estrangeiras que se estabeleceram nos EUA.
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