Fabricante de iPhone vai atrás da Nissan após Honda ser rejeitada
Interesse da Foxconn em comprar a marca japonesa faz com que as ações da montadora subam 6%, um verdadeiro respiro em meio à crise financeira
Interesse da Foxconn em comprar a marca japonesa faz com que as ações da montadora subam 6%, um verdadeiro respiro em meio à crise financeira
Depois de queda nas ações, negociações frustradas com a Honda e estar operando em “modo de emergência”, Nissan pode ter achado uma luz no fim do túnel. Essa reviravolta está acontecendo, pois a Hon Hai Precision Industry, mais conhecida como Foxconn, manifestou interesse em comprar a marca japonesa que está perto da falência.
Segundo a CNA, essa investida da empresa taiwanesa fez com que as ações da Nissan tivessem alta de 6%. A Foxconn, conhecida pela fabricação do iPhone, entrou em ação após várias fontes afirmarem que as negociações entre Honda e Nissan acabaram em desentendimento. A união das japonesas daria origem à terceira maior montadora de veículos do mundo, mas parece que isso está cada vez mais longe de acontecer.
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Essa desavença pode abrir espaço para taiwanesa que quer entrar para o mundo automotivo, por meio da Nissan, especialmente no setor de carros elétricos. A Foxconn já havia tentado investir na Nissan em 2024, porém, na ocasião, a negociação foi interrompida pela aproximação entre Honda e Nissan.
A revista Exame noticiou que Young Liu, presidente da Foxconn, teria instruído Jun Seki, ex-executivo da Nissan, a negociar diretamente com a Renault, que possui 36% das ações da montadora japonesa. Enquanto isso, segundo a Bloomberg, a Nissan já estaria buscando um novo parceiro. Isso pode indicar que ela está mais disposta a negociar com a empresa de tecnologia taiwanesa.
Atualmente, a Nissan está em uma situação complicada. Em novembro, a empresa declarou estar em “modo de emergência” e um de seus executivos afirmou que há uma contagem regressiva, já que a montadora pode ter apenas de 12 a 14 meses para mudar o rumo dos acontecimentos e garantir sua sobrevivência.
Esse protocolo emergencial inclui cortar 9.000 empregos e 20% de sua capacidade global de fabricação, vender cerca de 10% das suas ações na Mitsubishi e atrasar o lançamento de novos modelos. Como se não bastasse, a Renault, que possuía 46% da marca japonesa, está pulando fora do barco gradualmente.
A francesa foi responsável por tirar a Nissan da falência em 1999 e, junto com a Mitsubishi, formaram uma aliança. Porém, agora a Renault está vendendo as ações que tinha e detém menos de 36%, com perspectivas de redução desse número.
O acordo de fusão com a Honda parecia ser a salvação para todos os problemas, já que além de co-desenvolver veículos elétricos, a conterrânea japonesa se tornaria uma ‘investidora âncora’ ou até mesmo que compraria as ações vendidas pela Renault. Essa união seria, inclusive, uma ofensiva contra o crescimento das empresas chinesas.
No entanto, parece que o acordo dado como certo está patinando por desentendimento, especialmente da parte da Nissan, que não quer abrir mão de sua autonomia. Segundo fontes da Reuters, a marca poderia cancelar as negociações após a Honda ter sugerido que ela se tornasse uma subsidiária. A Nissan hesitou, pois isso era um afastamento do que foi originalmente enquadrado como uma fusão de iguais.
A sobrevivência desse acordo ainda é uma dúvida que ainda não foi esclarecida por nenhuma das partes. Em declarações oficiais, as montadoras afirmaram que pretendem finalizar uma direção futura até meados de fevereiro.
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