Falha do Onix pode gerar R$ 500 milhões em indenizações
MPF encaminha manifestação à Justiça para processar General Motors por falta de reforços estruturais laterais no Chevrolet Onix fabricado de 2012 a 2018
MPF encaminha manifestação à Justiça para processar General Motors por falta de reforços estruturais laterais no Chevrolet Onix fabricado de 2012 a 2018
O Ministério Público Federal (MPF) quer que a General Motors seja processada por falhas de segurança no Chevrolet Onix, fabricado entre 2012 e 14 de janeiro de 2018. A falha se deve à falta de dispositivo de proteção contra impactos laterais.
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O órgão do judiciário encaminhou uma manifestação à Justiça, exigindo que a GM pague indenização por danos morais coletivos pela fabricação e comercialização do modelo. Em seu parecer, que aguarda análise na 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, o MPF reitera que um recall seja realizado para sanar a falha de segurança.
Ela ainda defende que pagamento de indenização com percentual mínimo de 5% sobre o faturamento bruto das vendas do Onix, desde seu lançamento. Segundo o MPF, de 2012 a 2018, a GM faturou R$ 8,3 bilhões com as vendas do Onix. Ou seja, algo de no mínimo R$ 415 milhões (no mínimo). E esse dinheiro seria distribuído da seguinte forma:
O Chevrolet Onix levou nota zero no teste de impacto realizado pelo Latin NCAP, no ano de 2017. A avaliação caiu com uma bomba para a GM, que se viu obrigada a resolver o problema.
Em 2018, o modelo voltou a ser aferido pelo instituto, sediado no Uruguai, em um teste patrocinado pela GM. O resultado foi satisfatório, com três estrelas, pois tinha recebido reforços estruturais. No entanto, para o MP, quem comprou as unidades fabricadas entre 2012 e 14 de janeiro de 2018 ainda correm risco de agravamento de ferimentos em caso de o Onix sofrer uma colisão lateral.
Em 2020, o Ministério Público de Minas Gerais e o MPF moveram uma ação civil pública exigindo o recall de todas as unidades do Onix fabricadas a partir de 2012. Segundo o procurador da república, Anselmo Cordeiro Lopes, que atualmente está a cargo do caso, escreveu em seu manifesto: “a GMB em nenhum momento do processo negou a vulnerabilidade de segurança lateral dos veículos. Nesse sentido, a empresa limitou-se a afirmar que os veículos Chevrolet Onix, até 2018, destinados ao mercado brasileiro foram fabricados de acordo com as exigências da legislação do país à época.”
Em nota a General Motors do Brasil afirmou que não repercute processos em andamento. “A General Motors não comenta casos que estão em andamento na justiça. No entanto, é importante ressaltar que o veículo em questão atende integralmente às especificações técnicas exigidas pela legislação brasileira, incluindo todas as normas e regulamentações veiculares em vigor.”
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Precisaria haver uma mudança na homologação de novos veículos, algo mais taxativo do tipo: “O veículo precisa ser aprovado em testes de impactos frontais e laterais, aferido por instituição independente”. Com certeza esse tipo de mudança teria de passar pelo congresso.
A pergunta é: Quem homologou e autorizou a fabricação desses carros para o Brasil se não atendiam as normas? Quem levou Us$ na cueca pir causa disso?
Até onde eu sei, testes do Latin NCAP não são considerados na homologação. Creio que apenas validam a presença de reforços estruturais na carroceria e dos itens de segurança obrigatórios previstos em Lei. Apesar da resposta cara de pau da GM, ela está correta, pois os carros foram fabricados dentro das leis brasileiras.
Enquanto alguns aceitam comprar carros que deixam a desejar seja pela segurança, seja pela confiabilidade mecânica, leia-se correia dentada banhada em óleo, vai se vender muito…
Spoiler:
Não vai dar nada, recursos infinitos no judiciário, em caso de condenação descontos generoso com parcelas a perder de vista para evitar demissões, e se insistir fecham as operações no Brasil igual a Ford.
Passar bem!
Esse é o problema da economia porca:
Hoje “ganha-se” aqui, amanhã perde-se alí!
Chevrolet é sinônimo de tranqueira, porcaria, problema na certa. Nenhum presta !
Tá aí, quando uma montadora projeta um carro para mercados emergentes, basicamente significa que estruturalmente é um carro fraco, com foco no baixo custo de produção. Só acho estranho o MPF abrir esse processo, não faz sentido nenhum, já que o modelo foi homologado pra rodar no Brasil.
Nada mais justo e que tudo seja resolvido rapidamente.
Não faço parte da coisa, mas fiquei indignado.
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