Ferrari não consegue exclusividade sobre símbolo de cavalos

A justiça da Malásia rejeita pedido da Ferrari em disputa de marca contra empresa de bebidas energéticas local

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O famoso cavalo empinado da Ferrari foi o centro de uma batalha judicial na Malásia (Foto: fotomontagem | Tom Schuenk | AutoPapo)
Por Tom Schuenk
Publicado em 21/08/2025 às 06h00

A Ferrari perdeu uma batalha judicial na Malásia contra uma empresa local de bebidas, a Sunrise-Mark Sdn Bhd, responsáveis pela marca Wee Power. Todo o processo gira em torno do uso de cavalos nos logotipos das duas empresas.

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Disputa judicial

A Ferrari ficou eternizada pelo seu vermelho vivo e seu emblema de cavalo empinado. Baseado nesse último símbolo, a marca alegou que a Sunrise-Mark poderia gerar confusão entre os consumidores.

O símbolo da empresa de bebidas mostra dois cavalos, um de frente para o outro, com a letra W em destaque. Ainda existe a inscrição “Wee Power” entre os animais.

Segundo a marca italiana, a presença desses cavalos viola os direitos exclusivos sobre sua marca registrada. Além disso, a montadora argumentou que o termo “Wee” é muito genérico e não é o suficiente para que os consumidores consigam fazer a diferenciação.

Decisão do tribunal

O caso foi analisado pelo Tribunal Superior de Kuala Lumpur, capital da Malásia, que rejeitou o pedido da Ferrari e manteve o registro da Wee Power. O juiz Adlin Abdul Majid destacou que apenas o uso dos cavalos é semelhante. Ele afirma ainda que o contexto visual e o conjunto gráfico são distintos o suficiente.

Majid apontou que o logotipo da Ferrari apresenta um cavalo empinado isolado, enquanto o da Sunrise-Mark combina dois cavalos, a letra W e o nome completo da marca. Além disso, aceitou a explicação de que a palavra “Wee” faz referência ao nome do fundador da empresa, Wee Juan Chien, e não ao significado em inglês do termo.

Outro fator decisivo foi o entendimento de que não existe probabilidade considerável de confusão entre as marcas. Isso se deve ao fato de ambas atuarem em segmentos totalmente diferentes, já que a Ferrari é uma marca de automóveis de luxo e a Sunrise-Mark de bebidas energéticas vendidas em supermercados locais.

O Juiz Majid afirmou que os públicos-alvo não se sobrepõem em momento algum e ainda disse que o consumidor médio não confundiria uma marca de bebidas com uma de super carros.

O Tribunal condenou a Ferrari a arcar com os custos judiciais do processo da Sunrise-Mark, que, por sua vez, pode continuar a usar o nome.

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