Caminhonete média que estava praticamente confirmada pela Peugeot vai para as mãos da marca italiana, que tem maior expertise no segmento comercial
A Fiat confirmou nesta quinta-feira (1º) o lançamento de uma nova picape média no mercado brasileiro. Com lançamento marcado para os segundo semestre de 2023, a marca italiana não divulgou outras especificações, mas quem acompanha o AutoPapo sabe que se trata da Landtrek.
A Fiat Landtrek havia sido anunciada como um novo produto da Peugeot em 2019. Cogitou-se que as duas marcas operadas pela Stellantis venderia a picape, apostando em versões diferentes. Mas apurações do AutoPapo indicam que apenas a Fiat venderá a caminhonete – que deverá manter o nome.
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Atualmente, a Fiat Landtrek está em fase final de desenvolvimento nos Centros Técnicos de Engenharia da Stellantis no PoloAutomotivo em Betim (MG). Chamada também de anti-Hilux, o modelo, segundo apurações do jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, terá o motor Blue HDI Peugeot 2.0 Turbo diesel. A potência é de 180 cv a 4.000 rpm e o torque de 40,8 kgfm a 2.000 rpm.
O modelo poderá ter câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades da Aisin, com opção de tração 4×4 com reduzida. A capacidade de carga será de 1.200 kg e o interior será refinado.
A Fiat tem larga experiência com picapes – tem na linha hoje as best-sellers Strada e Toro – pode ser o diferencial que faltava para colocar a Landtrek como uma player competitiva entre as caminhonetes médias.
Em um segmento conservador em suas escolhas, encarar Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger requer a expertise adquirida pela Fiat com seus dois utilitários. Já a Peugeot teve dois fracassos ao tentar vender picapes no mercado brasileiro.
O primeiro fracasso da Peugeot no segmento de picapes ocorreu logo após a abertura do mercado nacional aos produtos importados. Em 1994, a Peugeot 504 Pickup começou a desembarcar no país. A caminhonete tinha ótima capacidade de carga: suportava nada menos que 1,3 tonelada. Além do mais, vinha com um motor a 2.3 a diesel de 70 cv de potência (número que parece pífio atualmente, mas que estava coerente com o padrão dos veículos utilitários da época).
Apesar de ter adquirido boa fama pela sua robustez, o pós-venda da marca francesa na época, em uma época na qual ela ainda era somente importadora. Relatos de falta de peças e de mão-de-obra especializada tornaram-se comuns.
Outro problema era o projeto ultrapassado: o sedan no qual a picape se baseava data de 1968! Em fim de carreira, a caminhonete acabou saindo de linha na Argentina em 1999, o que colocou fim às exportações ao Brasil.
Em 2010, a Peugeot resolveu entrar no segmento de picapes compactas com a Hoggar, uma variante do hatch 207. O modelo tinha como principal atrativo a caçamba de 1.151 litros de volume: o maior da categoria na época. Já a capacidade de carga, de 660 kg, estava na média da concorrência.
Porém, a picape teve vendas pífias, e a produção em Porto Real (RJ) foi encerrada precocemente, em 2012. Pesaram a má fama das gamas 206 e 207 no que diz respeito à robustez da suspensão (item essencial em veículos utilitários) e a ausência de uma variação com cabine estendida.
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A Peugeot faltou divulgar suas picapes na midia com uma ótima propaganda.
Poderia ter lançado a picape Hoggar com cabine estendida, com banco para 3 ocupantes, com câmbio de 6 velocidades,com tração integral, para carregar 1tonelada de carga em sua caçamba,seria ótima para o trabalho
A Peugeot está lançando uma picape média teria que sair com a marca Peugeot, não com logo da fiat tem que ter concorrência entre as marcas, mesmo sendo o mesmo grupo.
não me convenceu a explicação pelo fracasso das picapes peugeot….tentei comprar ambas …o maior problema era o preço….as ford courier com cabina simples estão até hoje rodando por aí…
Ia bem uma versão com um motor + potente ,ou até ,uma versão híbrida ,fica aí a idéia !