Honda desacelera aposta no hidrogênio e redefine estratégia. Com o mercado mais inclinado aos híbridos, a montadora repensa cronograma de produção
Devido a mudanças no mercado automotivo global, a Honda está repensando seus planos de carros movidos a hidrogênio. Agora, o foco da empresa é em carros híbridos, modelos mais alinhados com os gostos e demandas dos consumidores atuais.
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Mesmo vindo de uma longa história desenvolvendo tecnologias com células de combustível movidas a hidrogênio, a Honda entendeu que não existe uma demanda hoje no mercado para justificar uma produção em larga escala.
A montadora japonesa reconheceu que a indústria e o mercado têm um interesse maior em veículos elétricos. O que deixou o crescimento do interesse do público pelo segmento do hidrogênio algo mais difícil e menos viável comercialmente falando.
A Honda já havia estabelecido uma parceria com a General Motors para o desenvolvimento do que acreditavam ser a próxima geração de módulos de células de combustível. Os planos incluíam iniciar a produção em massa em 2027, com uma estimativa de 30 mil unidades produzidas por ano.
Esse plano foi revisado devido a baixa recepção do mercado pela tecnologia. Agora, a produção dos novos módulos está prevista apenas para 2028, com possibilidade de se postergar até o início de 2029. O volume de produção anual também foi reduzido para apenas 20 mil unidades
Com uma fabricação local, em Tochigi, no Japão, a empresa irá manter uma abordagem mais cautelosa e contida durante a produção do modelo.
A gigante japonesa já atuava nesse segmento. O modelo Clarity Fuel Cell, que demonstrava a capacidade técnica da tecnologia, foi descontinuado na Europa. Dando indícios da saída da marca no mercado de carros de passeio movidos a hidrogênio.
A Honda lançou o modelo CR-V eFCEV em 2024 nos Estados Unidos, numa tentativa de retomar sua presença no mercado com a tecnologia inovadora. Porém, essa mudança de posicionamento da marca veio logo depois do lançamento.
A Honda decidiu focar nos modelos híbridos como nova prioridade da montadora. O mercado enxerga esse tipo de carro como uma opção de transição mais segura e lucrativa, capaz de atender os consumidores e também as metas ambientais a médio prazo.
Com a nova estratégia, a Honda se mantém no mercado competitivo enquanto ajusta seu ritmo de inovação.
O Fuel Cell é uma teconologia promissora, mas tem gargalos como investimento elevado de pontos de abastecimento, armazenamento e a própria produção do gás. Apesar de ser o elemento mais abundante da natureza, isola-lo demanda um processo complexo. Além disso, há o alto custo do automóvel com tecnologia Fuel Cell. Nesse cenário de seleção natural das tecnologias, o conjunto híbrido com motores elétrico e combustão tem se mostrado o mais viavel economicamente e também em efeitos práticos, já que não demanda grandes investimentos em infraestrutura.
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