VW Golf: 50 anos do ícone que não prosperou no Brasil

Com mais de 37 milhões de unidades fabricadas, Golf foi produzido por duas vezes, mas sem o mesmo sucesso que lá fora

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Quarta geração do Golf estreou a era nacionalizada do hatch alemão (Fotos: VW | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 25/01/2024 às 15h12
Atualizado em 25/01/2024 às 17h29

Em janeiro de 1974 a Volkswagen lançou o Golf, modelo projetado para ser o legítimo sucessor do Fusca. Moderno, com linhas assinadas por Giorgetto Giugiaro, motor refrigerado a água, era o carro ideal para concorrer no segmento de compactos na Europa.

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Ao longo de meio século, o Golf definiu um segmento e evoluiu com oito gerações.”O Golf tem sido o coração da marca Volkswagen por meio século, proporcionando mobilidade acessível para todos no mais alto nível tecnológico. Isto é exatamente o que estamos fazendo agora com o novo estágio de sua evolução – com eficiência, conforto e qualidade ainda mais altos e um novo conceito de operação. O Golf não poderia ser melhor do que isso”, comenta Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen Passenger Cars.

25 anos de Golf no Brasil

No Brasil, o Golf chegou em 1995 via importção, numa época em que hatches médios como Fiat Tipo e Chevrolet Astra apresentaram um salto qualitativo em relação aos hatches fabricados no país. O modelo ganhou status de nacional em 1999, inaugurando a fábrica de São José dos Pinhais (PR) e ficou em linha até 2013, com duas gerações de atraso em relação ao modelo vendido lá fora.

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Golf estreou no Brasil em 1995, na terceira geração e agradava pelo acabamento e espaço interno

Em 2014, chegou ao Brasil, via México a sétima geração. Ele voltou a ser produzido em 2016 por aqui, inclusive na versão esportiva GTI. O Golf ficou em linha até 2019, quando foi descontinuado para dar espaço para o T-Cross, que tinha arquitetura e conjunto mecânicos mais simples, mais barato de produzir, mas com maior apelo de mercado.

Para tapar o buraco, a VW passou a importar o híbrido GTE, numa estratégia semelhante à que faz atualmente com o Tiguan: queimar estoque da geração em fim de linha. O híbrido figurou no site da marca até o fim de 2020.

Em entrevista ao jornalista João Anacleto, do canal A Roda, o presidente da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, disse que a marca estuda a volta do Golf, na atual geração. No entanto, não há uma data certa para o retorno do hatch ao país.

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Golf (quatro e meio) foi uma gambiarra para dar sobrevida à quarta geração

Se voltar será na versão GTI, para concorrer com japoneses como Honda Civic Type R e uma possível nova remessa do Toyota GR Corolla. Mas assim, como os japoneses, será um carro caríssimo, com valores na faixa dos R$ 400 mil e tiragem limitada.

Ao longo de 25 anos em que foi oferecido, como importado ou nacional, o Golf acumulou cerca de 400 mil unidades. Na somatória do período que ficou em linha, a média mensal de vendas do Golf foi de 1,3 mil unidades.

O Golf poderia ter tido um desempenho melhor se a Volkswagen tivesse acompanhado a evolução do modelo em sintonia com o mercado externo. Mas ao que parece, o Golf é bom demais para o consumidor brasileiro.

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