Proposta de limitação de velocidade nos EUA gerou polêmica entre caminhoneiros e foi retirada por falta de justificativa técnica
O Departamento de Transportes dos Estados Unidos, juntamente com a Administração Federal de Segurança de Transportadores Rodoviários, propuseram em 2022 a obrigatoriedade de limitadores de velocidade para caminhões do tipo semirreboque. A intenção era aumentar a segurança das estradas por meio da implementação de um padrão federal com velocidades pré-definidas. A proposta, no entanto, gerou forte resistência na comunidade de caminhoneiros e se tornou o motivo de uma série de debates sobre segurança, eficiência e liberdade operacional nas rodovias americanas.
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Em 2025, Sean P. Duffy, secretário de Transportes dos EUA, anunciou oficialmente que o governo federal decidiu retirar oficialmente a proposta. O argumento central se baseia na ideia de que a imposição de um limite universal para caminhões pode, de alguma forma, colocar motoristas em risco, colocando-os para trafegar abaixo do fluxo geral de tráfego.
O secretário enfatizou o valor dos caminhoneiros na economia norte-americana. Ele afirmou ainda que regulamentações excessivas vindas da capital têm prejudicado a classe. O governo enquadrou a decisão como uma forma de respeitar o profissionalismo e a experiência dos motoristas, deixando de tratá-los como um risco iminente que deve ser controlado por regras extremamente rígidas.
A retirada da proposta faz parte de um movimento mais amplo, como parte de uma ordem executiva do atual presidente, Donald Trump, que incentivava o apoio institucional para caminhoneiros. Essa nova abordagem vem com um investimento de US$ 275 milhões em infraestrutura, equivalente a aproximadamente R$ 1,5 bilhão, para os veículos comerciais. Outras melhorias estão sendo implementadas, como uma atualização no sistema de dados, flexibilização de turnos de trabalho e eliminação de regras consideradas desnecessárias.
É importante ressaltar que a revogação federal não anula os limites de velocidade já impostos pelas legislações estaduais. Por exemplo:
E, embora a ausência de limitações possa permitir entregas de carga mais rapidamente, isso não quer dizer que seja economicamente vantajoso. Um caminhão pesado pode consumir 27% mais combustível ao operar a 75 mph (120 km/h), em comparação a 65 mph (105 km/h). Esse aumento de consumo pode comprometer parte dos lucros obtidos com entregas mais ágeis, criando um dilema entre velocidade e economia.
O governo transferiu a responsabilidade sobre a velocidade desses caminhões aos próprios caminhoneiros e empresas de transporte, e os profissionais do setor têm recebido a medida com bons olhos. Entretanto, especialistas alertam que a ausência de uma padronização pode gerar inseguranças e mais desafios logísticos.
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