Novo órgão do Ministério de Minas e Energia vai coordenar políticas públicas e fortalecer o diálogo com a indústria automotiva
O governo federal deu um passo decisivo na estruturação da mobilidade elétrica ao anunciar a criação da Secretaria de Mobilidade Elétrica, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). O novo órgão tem como objetivo consolidar políticas públicas voltadas à eletrificação veicular e fortalecer o diálogo entre governo e indústria.
A informação foi revelada por Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), durante o Seminário Brasil Eletrificação e Descarbonização, promovido pela AutoData. Segundo Bastos, a estrutura da secretaria já foi oficialmente publicada, restando apenas a nomeação do titular para o início das atividades.
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A criação da secretaria atende a uma antiga demanda do setor e ocorre em meio ao rápido crescimento da eletrificação no país. A ABVE projeta alta de 20% nas vendas em 2025, com cerca de 220 mil veículos híbridos e elétricos comercializados. Desde 2012, aproximadamente 600 mil unidades eletrificadas foram vendidas no Brasil, mais da metade com tecnologia plug-in.
A iniciativa também reforça a importância da produção nacional diante da chegada de montadoras chinesas e da manutenção do imposto de importação de 35% sobre veículos completos. Bastos destacou o papel das novas fábricas da BYD, na Bahia, e da GWM, em São Paulo, que fortalecem a capacidade local de produção e o atendimento à demanda regional.
Outro avanço relevante é a ampliação da infraestrutura de recarga. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) publicou recentemente diretrizes técnicas para a instalação de carregadores, aumentando a segurança de usuários e instaladores. Para Bastos, a regulamentação é essencial para evitar curtos-circuitos e acidentes provocados por instalações improvisadas.
A ABVE também pretende ampliar a eletrificação de frotas públicas, especialmente de ônibus, com o uso de energia solar e eólica. A adoção de veículos elétricos, antes concentrada nas grandes capitais, começa a se expandir para o interior, com Brasília se destacando no consumo proporcional, impulsionada por incentivos fiscais como a isenção de IPVA.
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