Greve de caminhoneiros marcada para hoje ‘flopa’ por conta de politização

Entidades afirmam que mobilização tem caráter político e circula apenas em redes sociais; pauta inclui anistia a presos do 8/1

Caminhoneiros protestam na Rodovia Presidente Dutra, no Rio
Divergências políticas impediram greve no nível da de 2018 (Foto: Tomaz Silva | Agência Brasil)
Por Eduardo Passos
Publicado em 04/12/2025 às 08h00

As principais lideranças dos caminhoneiros autônomos afirmaram que não vão aderir à paralisação convocada para esta quinta-feira (4), segundo a Folha de S. Paulo. Isso porque representantes da categoria classificam o movimento como político e desvinculado das demandas urgentes do setor de transporte de cargas.

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A convocação, que ganhou força em grupos de WhatsApp e redes sociais nos últimos dias, mistura reivindicações da classe com pautas de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo pedidos de anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro.

Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), declarou que a entidade não apoia o ato. “A pauta de transporte existe, sim, mas estão puxando esse movimento com questões políticas. Eu não posso usar a categoria para isso”, afirmou Landim. Segundo o líder, que ganhou projeção na greve de 2018, a instrumentalização política enfraquece a luta por melhorias efetivas, como o cumprimento da tabela de frete.

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Na mesma linha, José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), disse que “o momento agora não é de paralisação”. A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística) também informou, em nota, que não há qualquer orientação oficial para greve, atribuindo o “ruído” a grupos isolados que tentam agitar a base.

A Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de São Paulo) reforçou o posicionamento contrário, alertando para a ilegitimidade da convocação. O movimento foi incentivado publicamente por figuras alheias à liderança sindical tradicional, como o desembargador reformado Sebastião Coelho e o influenciador “Chicão Caminhoneiro”.

Apesar da circulação intensa de mensagens digitais, o setor produtivo e o governo monitorizam as estradas, apostando na baixa adesão devido à falta de apoio das entidades representativas.

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