Hackers vão ‘liberar’ serviço da BMW que cobra por assento aquecido
BMW anunciou que vai cobrar para disponibilizar assento aquecido na Coreia do Sul, mas hackers prometes desbloquear a função por valor mais acesssível
BMW anunciou que vai cobrar para disponibilizar assento aquecido na Coreia do Sul, mas hackers prometes desbloquear a função por valor mais acesssível
Há alguns dias, a BMW anunciou a chegada do seu serviço de assinatura para liberação de bancos aquecidos no mercado sul-coreano – que pode se extender até os outros países – com preços que partem, em conversão direta, de R$ 98.
A montadora alemã tentou justificar a atitude alegando que o serviço por assinatura é apenas para aqueles que não compraram assentos aquecidos quando o carro saiu da concessionária. No entanto, isso só piorou a situação da BMW, já que os bancos já vêm com hardware necessário instalado – porém só é funcional caso você pague ao fabricante.
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Agora, uma comunidade de hackers, que há alguns anos já trabalham destravando softwares da BMW, informaram à Motherboard vão ajudar os proprietários a desbloquear esses recursos por assinatura – claro que vão cobrar por isso, mas será um valor mais acessível.
De acordo com o portal, essas empresas fazem uma codificação do veículo e podem por exemplo, remover programas indesejados – como aqueles alertas sobre o uso do cinto de segurança. Agora, eles afirmam que podem também desbloquear os serviços por assinatura.
Paul Smith, é especialista em marketing de conteúdo da Bimmer-Tech, empresa de codificação BMW, e explicou como é possível disponibilizar o banco aquecido.
Enquanto a BMW possibilitar a ativação de assentos aquecidos, podemos oferecer isso. Se a BMW não permitir, o mesmo recurso pode ser adicionado com um retrofit de hardware, para que no final o motorista sempre consiga o que deseja.”
A codificação é realizada por neio de uma peça especial de hardware chamada cabo ENET junto com um aplicativo produzido pela BMW, o E-sys. Com o cabo, o software e algumas etapas gerando o código específico do carro, os donos de BMW podem alterar o software do veículo, de modo que permita o uso de alguns recursos que antes eram bloqueados na região.
Historicamente, os veículos são oferecidos em versões mais caras ou mais baratas, que se diferenciam no acabamento e na tecnologia embarcada, por exemplo, e cabe ao cliente escolher o que mais lhe agrada no momento da compra.
Em um passado recente, ára qualquer upgrade que você quisesse fazer no veículo era necessário ir até à loja. Mas hoje as coisas mudaram, já que muitas especificações podem ser alteradas através de softwares.
Tudo isso graças à proliferação de carros conectados à internet e a digitalização de quase todos os recursos que ele oferece. Por um lado, isso da mais conforto ao motorista, mas abre brecha para que as montadoras cada vez mais ‘empurrem’ a venda de atualizações de software como parte de seu modelo de negócios.
A Stellantis, por exemplo, espera US$ 22,5 bilhões em receita de software até 2030 – isso pode ser por meio de atualizações de desempenho ou talvez outros meios, como assinaturas de conveniência.
O setor automotivo não é o único afetado por essa onda de atualizações e serviços por assinatura. O ramo dos games, por exemplo, é outro bom referencial. Hoje, as desenvolvedoras lançam o jogo cada vez mais ‘crus’ e com o tempo vão lançando atualizações via rede com fases e personagens novos – alguns desbloqueáveis apenas através de transações.
E assim como no caso da BMW, em que o motorista pagou um bom consideravelmente alto por um dispositivo que já estava no carro, os players também pagam cada vez mais caros para se divertir com seus jogos.
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