Um projeto particular do chefe da família Porsche sob um símbolo cultural de Salzburgo causou um protesto que já tem mais de 20 mil assinaturas
A cidade austríaca de Salzburgo tornou-se um palco de um dos maiores protestos cívicos recentes do país. Mais de 20 mil moradores assinaram a petição contra o projeto do bilionário Wolfgang Porsche, chefe e herdeiro da marca. Tudo porque o magnata iniciou a construção de um túnel privado, que liga uma estrada diretamente à sua casa, no país alpino.
A revolta se deu pelo túnel rodoviário privado de 500 metros sob o Kapuzinerberg — uma colina que há séculos simboliza tranquilidade e ausência de carros.
Para os críticos, o projeto é um exemplo de “terreno público para benefício privado”. A polêmica ganhou força quando foi revelado que a prefeitura autorizou a construção mediante a uma taxa única de apenas € 48.000 (cerca de R$ 297 mil), cobrindo 1.500 m² de áreas públicas. Estima-se que a obra custará cerca de € 11 milhões.
Wolfgang Porsche pretende ligar sua residência histórica, o Paschinger Schlössl, até um estacionamento público em Salzburgo por meio do um túnel subterrâneo particular. Ironicamente, o imóvel pertenceu ao escritor Stefan Zweig, que a descrevia como um refúgio sem carros, um local de paz e isolamento criativo.
Os protestos ganharam um tom crítico e satírico, ganhando o nome de “Salzburger Porsche-Tunnel Festspiele” (Festival do Túnel Porsche de Salzburgo). Os ativistas organizaram performances e renomearam ruas simbolicamente em memória de Stefan Zweig.
O túnel pronto prevê oito vagas de estacionamento e uma galeria de exaustão de fumaça, mas sua construção ainda depende da autorização do poder público local.
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Se o túnel é na Àustria porque ele irrita os suíços?