Honda perde € 1,2 bilhão com elétricos e reduz metas de produção até 2030

Montadora se alinha à cautela da Toyota após baixa contábil expressiva; meta agora é vender 2,2 milhões de híbridos até o fim da década

Honda ENy1
Montadora japonesa revisa planos de eletrificação após queda nas vendas e prejuízo contábil bilionário (Foto: Honda | Divulgação)
Por Júlia Haddad
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 26/11/2025 às 10h00

A transição para os veículos elétricos cobrou um preço alto da Honda, forçando a montadora a admitir o impacto financeiro do desaquecimento global deste segmento. A empresa registrou uma baixa contábil de € 1,23 bilhão relacionada aos seus investimentos na tecnologia. Em entrevista ao Automotive News, o vice-presidente da companhia, Noriya Kaihara, foi taxativo ao reconhecer o declínio “devido às baixas vendas de veículos elétricos” como fator central para o revés nas contas.

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A admissão do executivo veio acompanhada de uma mudança drástica nas metas de médio prazo: diante do cenário adverso, a Honda cortou sua previsão de vendas de elétricos puros até 2030 de dois milhões para apenas 700 mil unidades.

Salão do Automóvel 2025 honda prelude traseira
Aos poucos, marca focará em carros com sistema híbrido e:HEV (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)

A nova estratégia prioriza o pragmatismo: o foco agora se volta para os modelos híbridos, com o objetivo de comercializar 2,2 milhões de veículos com essa motorização no mesmo período, aproveitando uma tecnologia que se mostrou mais rentável e aceita pelo consumidor atual.

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Dificuldades gerais

O movimento alinha a Honda a outras montadoras japonesas, como a Toyota, que há tempos defendem uma transição mais gradual e vêm colhendo lucros recordes com a aposta na hibridização. Essa postura contrasta com a pressão regulatória da União Europeia, mas reflete a realidade de um mercado onde o avanço dos elétricos ocorre em ritmo inferior ao projetado.

Apesar do choque de realidade, o objetivo de longo prazo de tornar a marca 100% elétrica até 2040 permanece oficialmente de pé. No entanto, a diretoria reconhece que o cronograma da eletrificação sofreu um atraso inevitável. Diante de um ambiente de negócios mais complexo, a empresa sinaliza que continuará revisando seus investimentos e volumes de produção para equilibrar a inovação necessária com a saúde financeira da operação.

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