Multas não funcionam: prefeitura reboca Rolls-Royces e Ferraris que bloqueiam calçadas para impor constrangimento a bilionários
Londres iniciou uma operação de “tolerância zero” contra supercarros estacionados irregularmente. O foco são os veículos de turistas do Oriente Médio, especialmente da Arábia Saudita, que lotam os bairros nobres da capital inglesa durante o verão europeu na chamada “temporada dos supercarros”.
A ofensiva ocorre no distrito de Westminster, lar de áreas luxuosas como Mayfair. O conselho local concluiu que as multas tradicionais, entre £ 110 e £ 160 (cerca de R$ 740 a R$ 1.070), tornaram-se inócuas. Para donos de Rolls-Royces e Lamborghinis que gastam fortunas com frete aéreo, a punição é vista apenas como uma “taxa de estacionamento VIP”.
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Como a cobrança financeira não surte efeito, a administração pública passou a remover fisicamente os veículos. A estratégia é substituir um prejuízo irrelevante pelo transtorno logístico e constrangimento público.
Símbolo da nova fase, um Rolls-Royce Cullinan azul-turquesa com placas sauditas foi rebocado após bloquear pedestres em frente a um hotel. A imagem do veículo sendo içado viralizou e serviu de alerta. Além de obstruir calçadas, a frota de luxo gera queixas constantes de moradores devido ao ruído dos motores potentes.
Mesmo que a taxa para retirar o carro do pátio seja barata para os infratores, a medida tenta quebrar a impunidade das placas internacionais, que dificultam a cobrança de multas após a saída dos turistas do país.
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