Ferro-velho com acervo melhor que museu é descoberto nos EUA
Um imigrante alemão bastante recluso possuía uma coleção de carros raros e de peças em seu ferro-velho, que estava fechado desde 2001
Um imigrante alemão bastante recluso possuía uma coleção de carros raros e de peças em seu ferro-velho, que estava fechado desde 2001
Um ferro-velho abandonado desde 2001 em Los Angeles (EUA) teve seu acervo leiloado pela renomada RM Sotheby’s. O conteúdo desse local é melhor que o de muitos museus, trazendo carros que fizeram história e peças de modelos icônicos.
Esse ferro-velho foi criado em 1967 por Rudi Klein, um imigrante alemão que chegou aos EUA nos anos 50. Ele era apaixonado pelos carros da Porsche, marca que compõe maior parte do acervo de carros europeus do desmanche.
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Com a morte de Rudi Klein em 2001, o ferro-velho ficou fechado e abandonado. A RM Sotheby’s não informou o que motivou o leilão agora em outubro de 2024.
O carro mais valioso arrematado no leilão do ferro-velho de Rudi Klein foi um Mercedes-Benz 300 SL “Asa de Gaivota” com carroceria em alumínio. Apenas 29 unidades do carro foram feitos nessa configuração, que era 80 kg mais leve que o 300 SL feito em aço.
Não bastando essa raridade, o Mercedes “Asa de Gaivota” de Rudi Klein teve como primeiro dono piloto italiano Luigi Chinetti, o primeiro a ser campeão com um carro da Ferrari na história. O alemão comprou o esportivo direto com o piloto em 1976. O carro foi arrematado por US$ 9.355.000 (cerca de R$ 35,5 milhões em conversão direta).
Outra raridade desse ferro-velho é protótipo do Iso Grifo A3/L Spider de 1964. Esse é o único Iso Grifo conversível feito oficialmente e teve a carroceria feito pela Bertone.
O Iso Grifo é um esportivo italiano que usa motor V8 Chevrolet. No caso do A3/L, era o de 327 pol³ (5,4 litros) com potência entre 300 e 350 cv. Esse conversível único de Rudi Klein foi arrematado por US$ 1.857.000 (R$ 10,62 mi).
No ferro-velho também havia um par de Lamborghini Miura mais inteiros, fora alguns batidos. Um deles é um verde de especificação europeia e com condições de ser restaurado. No documento consta que o primeiro dono tinha o sobrenome Zampolli, podendo indicar que foi o piloto de testes da marca Claudio Zampolli.
O outro Miura de Rudi Klein, com pintura laranja, é o 53ª a ter saído da fábrica de Sant’Agata Bolognese. As primeiras 120 unidades desse supercarro foram produzidas com aço mais fino no chassi e são valorizados por essa leveza e pela raridade.
Outro carro muito especial que estava no ferro-velho de Rudi Klein é o Horch 855 Special Roadster com carroceria Gläser. Esse carro foi emprestado para a Audi expor em seu museu com a condição de que a montadora o restaurasse.
Ele ficou exposto na Alemanha e só voltou aos EUA para ser leiloado. Outro Horch de Klein é um 853 de 1938, que foi comprado do vice-presidente da General Motors Alexander Cunningham.
Também foram leiloadas diversas peças de carros que estavam no ferro-velho, incluindo motores completos de Porsche e Mercedes-Bens, câmbio de Ferrari e até mesmo uma porta de Porsche 904 de corrida. Mesmo com a tecnologia atual permitindo recriar peças de carros antigos com material novo, esses componentes de época são bastante valorizados por manter a originalidade.
O clima seco da Califórnia ajudou a manter esse acervo inestimável conservado. Muitos desses componentes e carros ganharão uma segunda vida, em breve poderemos vê-los em Pebble Beach e outros encontros renomados.
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