Lexus com suspensão de mais de R$ 560 milhões vira sucata
Protótipo lendário feito pela Bose com suspensão “tapete mágico” acabou no mercado do Facebook como um ‘doador’ de peças
Protótipo lendário feito pela Bose com suspensão “tapete mágico” acabou no mercado do Facebook como um ‘doador’ de peças
Nos dias atuais, a Bose é uma marca reconhecida por seus alto-falantes que estão presentes em vários carros de luxo recentes. Porém, em outra época, a marca era famosa por outros equipamentos que não ficam no interior do veículo, mas debaixo dele, como a suspensão.
Foi assim que a companhia desenvolveu o protótipo Lexus LS400 com uma suspensão que segundo boatos chegou a custar 100 milhões de dólares ou R$ 560 milhões na cotação atual. No entanto, o carro com o valioso sistema de suspensão eletromagnética de truque teve um destino que não corresponde em nada com o investimento colocado nele.
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Tudo começou em 1980 com a iniciativa do Dr. Amar Bose, o fundador da empresa, que acreditou na tecnologia que foi desenvolvida e aplicada ao protótipo funcional em 2004. A equipe skunkworks do Project Sound produziu a suspensão do carro de modo que ela o mantivesse plano e nivelado o tempo todo.
Isso foi feito a partir da instalação de um motor eletromagnético linear em cada canto no lugar das molas e amortecedores, permitindo que as rodas se movessem para cima e para baixo quase que totalmente independentemente da carroceria. O sistema ainda possui um recurso de salto que, apesar de nunca ter sido planejado para chegar à produção, mostrou a capacidade do sistema de ler a estrada e reagir de acordo.
Uma demonstração com o Lexus LS400 realizada em 2016 impressionou milhões de pessoas pela internet já que o carro literalmente pulou um obstáculo:
Apesar de uma tecnologia impressionante, o Project Sound que desenvolveu a suspensão acabou sendo fechado quando a Bose descobriu que o equipamento era muito pesado e caro para qualquer grande lançamento de produção. Todas as patentes, software e negócios da Bose Ride foram vendidos para uma empresa chamada ClearMotion em 2017, incluindo o Lexus LS400, um segundo exemplar equipado com configuração eletromagnética e o mesmo modelo com peças convencionais.
A Clear Motion tinha planos de desenvolver o que ela chamou de “o primeiro sistema de passeio proativo do mundo”. Porém, os carros ficaram estacionados no depósito e permaneceram lá durante todo o tempo em que a empresa manteve a propriedade.
De acordo com furo do portal The Drive, essa companhia acabou vendendo os três Lexus LS400s envolvidos no Project Sound para Tom McVay, um engenheiro de testes na Clear Motion que concordou em comprar os veículos sob a estrita condição de que todas as principais peças do protótipo fossem removidas. Caso essa transação não tivesse acontecido, os carros teriam sido descartados ou destruídos.
Tom McVay dirige diariamente o Lexus cinza convencional e usa o segundo protótipo não mostrado na demonstração para peças. Já o carro de demonstração LS400 branco visto em todo o material promocional foi mantido pelo engenheiro por um tempo, mas decidiu vendê-lo no Facebook Marketplace.
Isso chamou a atenção das pessoas e rapidamente ele encontrou um comprador chamado Michael Morgan. Assim como o protótipo de suspensão ativa cinza que McVay manteve, o carro adquirido por Morgan ele não serve para muita coisa além de coleta aleatória de peças não relacionadas à suspensão.
O novo proprietário fez a compra especificamente para ter um motor 1UZ V8 de baixa quilometragem sob o capô, que é destinado a outro projeto de um Toyota 4Runner 1995 de um cliente. Por ser um protótipo que foi pouco usado, suas peças estavam em ótimas condições e hoje o modelo é “quase de showroom” já que muitas das modificações são irreversíveis, e os motores eletromagnéticos foram removidos há muito tempo.
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Triste um display de onde a tecnologia automotiva é capaz de chegar se tornou, poderia ter sido o início de algo revolucionário.
Realmente triste essa ideia não ter vingado, seria algo incrível, acredito que pra época era um projeto caro, mas hoje com os avanços tecnológicos, poderia ser um projeto viável para alguns modelos.