Fim da leveza? Lotus apresenta o SUV elétrico Eletre
O fundador da Lotus, Colin Chapman, possuía o ideal "simplifique e adicione leveza", o SUV Eletre rompe com essa tradição trazendo propulsão elétrica
O fundador da Lotus, Colin Chapman, possuía o ideal "simplifique e adicione leveza", o SUV Eletre rompe com essa tradição trazendo propulsão elétrica
Finalmente chegou o dia. A Lotus lançou um SUV grande e pesado. A marca que sempre focou na leveza apresentou nessa terça o Eletre, um SUV elétrco grande para competir com Porsche Cayenne e Lamborghini Urus. O fabricante sabe da ruptura que é lançar um carro assim e garante que manterá o espirito da Lotus.
O Eletre é feito sobre uma nova plataforma de elétricos desenvolvida pela Lotus e com sistema de carregamento de até 800 volts. Isso significa que o SUV poderá receber uma recarga completa em apenas 18 minutos com um carregador apropriado.
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A plataforma é do tipo skate, que permite modularidade e coloca as baterias no assoalho. A Lotus apenas informou que as baterias possuem mais de 100 kWh de capacidade e a autonomia é de 600 km no ciclo WLTP. Uma recarga rápida de 20 minutos em carregador de 350 kW proporciona 400 km de autonomia.
Os dois motores elétricos, um para cada eixo, produzem 600 cv em conjunto. O zero a 100 km/h é abaixo de 3 segundos, sem ter um número exato revelado. Já a velocidade máxima é bem alta para um elétrico: 257 km/h. Estão nos planos versões ainda mais fortes. Só não espere um peso abaixo de 2 toneladas.
Hoje existem vários carros que saem de fábrica com sistemas de condução semiautônoma. Para “enxergar” a via eles podem usar apenas câmeras (como os Tesla) ou combinar câmeras com radares. Especialistas dizem que a forma mais precisa de gerir um sistema assim é usando radar baseado em laser, o LIDAR, por ser capaz de criar um mapa 3D do local onde o veículo está.
A Lotus será o primeiro fabricante a fazer um carro equipado de fábrica com um LIDAR. Os do Eletre são escamoteáveis, sendo um no topo de para-brisa e um em cada para-lama dianteiro. Esses três radares junto da câmeras são capazes de cobrir todo o entorno do carro. Os retrovisores externos são câmeras — exceto para os EUA onde os espelhos são obrigatórios.
O Lotus Eletre terá conectividade 5G e terá conteúdos e funções extras que serão adicionados futuramente via atualizações. O proprietário poderá comprar esses itens e baixá-los para o seu veículo. Uma prática similar às DLC que vemos em jogos.
O único carro de quatro portas a levar os emblemas da Lotus foi o Omega, que era uma versão especial do sedã Opel. O Eletre é o primeiro carro de quatro portas e cinco lugares criado completamente dentro da Lotus. Os ingleses capricharam nessa primeira tentativa de fazer um carro familiar.
O interior traz um design minimalista com as principais funções focadas em uma tela do tipo flutuante no centro do painel. Foram empregados materiais reciclados e sintéticos no interior, além da fibra de carbono em diferentes texturas. Os bancos usam uma mistura avançada de lã, que segundo a Lotus é 50% mais leve que o couro.
O sistema de som vem da britânica KEF, com 1.380 watts de potência e 15 alto-falantes. Como opcional está outro sistema de som da KEF, com 2.160 watts e 23 alto-falantes com tecnologia 3D. O interior aparenta ser arejado graças ao teto panorâmico. Existem configurações para quatro ou cinco passageiros.
O Eletre será fabricado a partir de 2023 em uma nova fábrica em Wuhan, na China. Os esportivos da marca continuarão sendo feitos em Hethel, na Inglaterra. A Lotus hoje faz parte do grupo Geely, o mesmo que é dono da Volvo. A relação da marca com sua nova dona é similar a dos suecos: os chineses injetam dinheiro e dão liberdade para a marca fazer o seu melhor.
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