McLaren sumido há anos pode estar nas mãos do cartel de ‘El Chapo’
Superesportivo avaliado em milhões de dólares foi exportado para o México nos anos 90 e tem paradeiro obscuro desde então
Superesportivo avaliado em milhões de dólares foi exportado para o México nos anos 90 e tem paradeiro obscuro desde então
O McLaren F1 é um dos automóveis mais exclusivos (e caros) do planeta: apenas 106 unidades foram artesanalmente produzidas entre 1993 e 1998. Com números de fabricação tão baixos e preços elevadíssimos, não surpreende que esses veículos tenham se tornado objetos de coleção para multimilionários. O Sultão de Brunei, entusiasta de superesportivos, tem nada menos que 10 exemplares. Porém, um desses veículos, com número de chassi 039, está desaparecido há anos.
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Esse exemplar, em particular, tem uma história curiosa antes mesmo de ter sumido, pois foi fabricado em 1995 para ninguém menos que Ron Dennis. Para quem não sabe, o homem em questão era, na época, dono da McLaren. O bólido foi pintado em um tom de marrom (sugestivamente chamado de Brazillian Brown Metallic), que contrastava com o interior vermelho.
O chefão da McLaren, contudo, ficou com o F1 039 por pouco tempo. Consta Ron Dennis acabou trocando o superesportivo por outro do mesmo modelo, mas pintado em um tom de prata (Magnesium Silver). Motivo: a esposa dele não gostou da exótica combinação de marrom com vermelho. Esse segundo veículo tinha chassi de número 050.
Então, o McLaren F1 marrom foi vendido seminovo a um segundo dono, que, assim como Ron Dennis, residia no Reino Unido. Entretanto, pouco tempo depois, o bólido foi, de algum modo, levado para o México. E é aí que a história começa a ficar nebulosa, já que não há informações precisas sobre o proprietário, ou mesmo sobre a região do país para a qual o veículo foi enviado.
Boatos apontam que o dono mexicano do McLaren F1 seria integrante do Cartel de Sinaloa. Trata-se da organização criminosa liderada por Joaquin Guzman, mais conhecido como “El Chapo”, que atualmente está preso nos Estados Unidos. Embora essa versão não tenha comprovação, a questão é que surgiram fotos do superesportivo no país latino: as imagens mostram que as rodas foram repintadas de dourado.
Ainda segundo essa história extraoficial, a McLaren teria sido contatada no fim dos anos 90 pelo proprietário do F1, que seria parente de “El Chapo” e necessitava de uma nova chave. O fabricante, porém, teria exigido documentos relativos ao veículo e ao processo de importação para providenciar o componente. No fim das contas, a cópia não teria sido autorizada.
Apesar da falta de informações confiáveis sobre o paradeiro do veículo, o fato é que, 9 meses atrás, o milionário Ed Bolian, entusiasta de carros e fundador da corrida Cannonball Run, que vai de Nova York até Los Angeles, nos Estados Unidos, foi contatado por uma pessoa no México. O homem não só dizia saber onde o McLaren F1 039 estava, como também que conseguiria negociá-lo.
O milionário contou a história no canal da VINwiki no YouTube. De acordo com Bolian, esses contatos tinham características de um golpe: o negociante, inclusive, propôs que ele comprasse um Jaguar no México para financiar o “resgate” do McLaren. Apesar das desconfianças, os dois homens permaneceram conversando por algum tempo, até que uma onda de violência em Sinaloa impediu qualquer tipo de ação.
Assista ao vídeo com as explicações de Bolian:
De qualquer modo, Bolian afirma que, mesmo se a história for verdadeira, provavelmente será inviável resgatar o veículo. Isso porque, após todo esse tempo, ele precisará de de diversos serviços de reparo. Mas o maior impedimento seria a suposta ligação do veículo ao Cartel de Sinaloa, o que inviabilizaria qualquer tipo de regularização legal.
Na década de 90, o McLaren F1 entrou para a história ao assumir o título de automóvel mais veloz do mundo. Uma unidade atingiu nada menos que 386 km/h: essa marca, inclusive, foi registrada no Guiness Book, o livro dos recordes. Demorou mais de uma década até que o superesportivo inglês fosse superado pelo Bugatti Veyron.
Até mesmo para os padrões de hoje, o desempenho do McLaren F1 ainda impressiona. O bólido é equipado com um motor V12 6.1, capaz de desenvolver 627 cv de potência e 66,3 kgfm de torque. Para acelerar de zero a 100 km/h, são necessários apenas 3,2 segundos.
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