Metrô sem trilhos? Paraná estreia ‘bonde digital’ que leva 280 pessoas

Inédito na América do Sul, veículo dispensa trilhos físicos e promete custo de implantação inferior ao do metrô leve

Bonde Urbano Digital: Curitiba É A Primeira Da América Do Sul A Testar Ônibus Sem Trilhos
O Bonde Urbano Digital (BUD) deve operar plenamente ainda em 2025 (Foto: Amep | Divulgação)
Por Tom Schuenk
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 05/12/2025 às 16h00

A Região Metropolitana de Curitiba deu início, na última semana, à fase de testes operacionais do Bonde Urbano Digital (BUD). O modal, inédito na América do Sul, recebeu investimento de R$ 6 milhões do Governo do Paraná via AMEP (Agência de Assuntos Metropolitanos). Sua aposta é em um sistema híbrido: une a capacidade de transporte de um metrô leve à flexibilidade de um ônibus articulado.

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A principal inovação do veículo, fabricado pela gigante chinesa CRRC, é a dispensa de catenárias (fios aéreos) e trilhos físicos. Em vez disso, o bonde percorre um “trilho virtual”, mantendo-se na rota correta através de sensores que leem ímãs instalados sob o asfalto. A tecnologia permite que o modal opere na malha viária existente entre Pinhais e Piraquara com velocidade de até 70 km/h, sempre supervisionado por um motorista.

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O bonde

Com 30 metros de comprimento e articulado em três módulos, o BUD tem capacidade para transportar 280 passageiros. A propulsão é 100% elétrica, mas difere dos ônibus elétricos comuns ao utilizar supercapacitores no lugar de baterias de lítio convencionais. O sistema privilegia recargas ultrarrápidas em paradas estratégicas e promete maior vida útil aos componentes.

Bonde Urbano Digital em testes na região de Curitiba
(Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

Atualmente, o veículo encontra-se realizando testes noturnos e de calibragem sem passageiros. A expectativa do governo estadual é que, após a homologação técnica, o sistema entre em operação comercial ainda em 2025.

Interior do novo Bonde Urbano Digital que circula no Paraná
(Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

A aposta no BUD visa, sobretudo, a redução de custos de infraestrutura. Por não exigir a instalação complexa de trilhos de aço ou rede aérea de energia, a implantação torna-se mais barata e rápida do que a de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) tradicional, oferecendo, em tese, o mesmo conforto e silêncio de rodagem.

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