Marcas chinesas derrubam preços para vender carros elétricos

Produção em excesso derrubou preços e valor de mercado de marcas chinesas que operam no vermelho e sem previsão imediata de melhora

SALAO DE XANGAI 2025 VISTA GERAL MARCELO JABULAS
Salão de Xangai 2025 deixou claro o tamanho do mercado chinês com centenas de fabricantes disputando a atenção do público (Foto: Marcelo Jabulas | AutoPapo)
Por Júlia Haddad
Sob supervisão de Marcelo Jabulas
Publicado em 16/06/2025 às 15h00

Nos últimos anos, o mercado chinês de elétricos explodiu. Mais de 100 marcas disputam o mesmo público, mas essa corrida virou uma batalha. Desde 2023, os preços dos carros elétricos e híbridos plug-in caíram cerca de 15%. Todo mundo quer vender, mas nem todo mundo vai dar conta de comprar, seja na China ou fora dela.

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Segundo a consultoria AlixPartners, só 19 das 137 montadoras vão dar lucro até o fim da década. Hoje, apenas duas realmente ganham dinheiro: BYD e Li Auto. O resto está queimando caixa para tentar sobreviver.

A estratégia? Vender muito e barato. O problema é que várias fábricas estão com menos de 60% da capacidade operacional e precisaram reduzir o volume para nivelar com o varejo. Ou seja: tem carro demais e comprador de menos. Pra tentar escapar dessa bolha, muitas marcas estão apostando na exportação, principalmente para a Europa, onde os preços são mais altos e o lucro, maior.

E isso não está sendo fácil, já que a União Europeia resolveu colocar tarifas pesadas (entre 17% e 35%) sobre os carros elétricos chineses, acusando a China de dar subsídios injustos às suas montadoras. A resposta de Pequim foi direta: levou o caso pra OMC e acusou os europeus de protecionismo.

Excesso de carros elétricos na China afeta papéis

Enquanto isso, no mercado financeiro, a maré também virou. Mesmo com o crescimento das vendas, marcas como BYD, NIO, Xpeng e GWM viram suas ações despencarem até 40%. O investidor está começando a desconfiar que vender barato não garante futuro.

Ou seja, a briga por preço virou um problema real. O mercado está saturado, competitivo demais e com pouca margem de lucro. Quem não se reinventar ou encontrar formas sustentáveis de crescer, vai acabar ficando pelo caminho.

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