Gigantes do setor pedem flexibilização de metas de emissão

Montadoras pedem que a EPA flexibilize as metas de emissão de Biden, alegando que os padrões atuais são inatingíveis

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A falta de infraestrutura de recarga é um dos argumentos usados pelas montadoras (Foto: Shutterstock)
Por Tom Schuenk
Estagiário sob supervisão de Felipe Boutros
Publicado em 26/09/2025 às 14h00

A Aliança para Inovação Automotiva representa algumas das maiores montadoras do mundo e está pedindo formalmente que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) flexibilize as regras de emissões aprovadas por Biden em 2024. A meta original prevê uma redução de quase 50% nas emissões de veículos leves até 2032.

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Essa exigência impõe que 35% a 56% das vendas sejam de carros eletrificados entre 2030 e 2032. A indústria, entretanto, afirma ser inviável a transição no prazo estipulado.

Os argumentos das montadoras e os custos envolvidos

A Aliança, que inclui gigantes como General Motors (GM), Toyota e Volkswagen, apresentou um documento formal à EPA defendendo mudanças. As empresas afirmam que os padrões atuais “não são alcançáveis” devido a diversos fatores, entre eles destacam-se:

  • Infraestrutura insuficiente de recarga, já que os postos de carregamento ainda são escassos nos EUA;
  • Problemas na cadeia de suprimentos, especialmente para baterias e minerais críticos;
  • Alto custo dos EVs, que encarece o acesso para muitos dos compradores;
  • Mudanças políticas recentes, que afetam incentivos e créditos fiscais.

A indústria como um todo teme que os preços mais elevados dos veículos elétricos possam gerar um declínio de curto prazo na demanda, o que pode prejudicar a participação de mercado. Além disso, a situação pode se agravar com o fim iminente do crédito fiscal de US$ 7.500 para compradores de EVs, que expira no dia 30 de setembro de 2025.

A disputa política e o que está em jogo

A questão dos incentivos fiscais coloca em risco não apenas os fabricantes, mas toda a cadeia de suprimentos já construída em torno dos EVs. O debate principal reflete um dilema central no futuro automotivo: o da necessidade de combater as mudanças climáticas x a realidade prática da indústria.

A EPA já havia proposto revogar a regra que classifica emissões de gases de efeito estufa como risco à saúde humana, o que eliminaria a base legal para regulamentações de CO₂ nos EUA. Enquanto democratas e grupos ambientais pedem a manutenção das regras de Biden, as montadoras defendem que a EPA reescreva os padrões em níveis mais realistas, o que daria mais “certeza regulatória” para o setor.

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