Demora em atender chamado de recall penalizou marca do oval azul na segunda maior multa aplicada pelo órgão de segurança
A Ford terá que pagar uma multa milionária pela demora em abrir campanha de recall. O boleto no valor de US$ 165 milhões (R$ 978 milhões) foi emitido pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), agência de regulação de transportes dos Estados Unidos.
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Trata-se da segunda maior multa aplicada pela entidade governamental. Apenas a Takata, fornecedora de bolsas infláveis, recebeu penalidade ainda maior por conta dos perigosos airbags, que mataram mais de 30 pessoas (inclusive quatro no Brasil), deixou centenas de feridos e provocou o maior recall da história, com mais de 100 milhões de carros afetados.
A razão pela penalidade civil se deve ao fato de a marca de Henry Ford ter demorado demais em fazer um recall. E olha que não se trata de um procedimento extremamente complexo, ou caríssimo.
Na verdade, o recall era para troca de câmeras de ré defeituosas. A determinação para o recall ocorreu em 2020 e afetou mais de 700 mil unidades na América do Norte, sendo que 620 mil estão nos Estados Unidos.
O corpo mole da gigante de Detroit atiçou a ira da agência que resolveu aplicar uma pesada penalidade. A Ford reconheceu a falha e garante que irá atender a todas as exigências e custos.
Agradecemos a oportunidade de resolver esse assunto com a NHTSA e continuamos comprometidos em melhorar continuamente a segurança”, disse a Ford em um comunicado.
Além de providenciar a troca gratuita da peça defeituosa, a Ford também terá que aprimorar seus processos de abertura de recalls para que se tornem mais ágeis e eficientes. Entre as exigências, a marca deverá investir em tecnologias de rastreio para localizar veículos que possam ter defeitos que afetem a segurança.
Recalls oportunos e precisos são essenciais para manter todos seguros em nossas estradas. Quando os fabricantes falham em priorizar a segurança do público americano e cumprir suas obrigações sob a lei federal, a NHTSA os responsabilizará”, afirma a administradora adjunta da NHTSA, Sophie Shulman, à agência Associated Press.
Não é a primeira vez que a Ford deixa a segurança de seus clientes de lado. Nos anos 1970, a marca sabia sobre uma grave falha de projeto envolvendo o Pinto (hatch derivado do Maverick).
O problema estava no local de instalação do tanque de combustível, na parte posterior da carroceria. A posição deixava o reservatório vulnerável em caso de colisões traseiras, o que potencializava incêndios e explosões.
Diante do quadro, os executivos fizeram os cálculos de chegaram à conclusão de que era mais barato pagar indenizações às possíveis vítimas do que modificar o projeto.
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Tenho uma Mercedes C-180 Kompressor 2007 com um recall criado em 2022 e até agora a revenda DVA em Fpolis não agendou o serviço. Sem peças, dizem eles. Vamos à justiça.
Tem que se lascar mesmo essa Ford depois de ter feito serviço mal feito nos Ford Ka com correia banhada no óleo e sair caladinha do brasil