Nissan tem cerca de 1 ano para achar novo investidor ou vai falir
Empresa acionou o "modo de emergência" e Renault está abandonando o barco, mas outra japonesa pode ser a salvação para todos os problemas
Empresa acionou o "modo de emergência" e Renault está abandonando o barco, mas outra japonesa pode ser a salvação para todos os problemas
A Nissan definitivamente está em maus lençóis. Durante coletiva de imprensa realizada neste mês de novembro, a empresa declarou estar em “modo de emergência” e um de seus executivos afirmou que há uma contagem regressiva, já que a montadora pode ter apenas de 12 a 14 meses para mudar o rumo dos acontecimentos e garantir sua sobrevivência.
Esse protocolo emergencial inclui cortar 9.000 empregos e 20% de sua capacidade global de fabricação, vender cerca de 10% das suas ações na Mitsubishi e atrasar o lançamento de novos modelos. Como se não bastasse, a Renault, que possuía 46% da marca japonesa, está pulando fora do barco gradualmente.
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A francesa foi responsável por tirar a Nissan da falência em 1999 e, junto com a Mitsubishi, formaram uma aliança. Porém, agora a Renault está vendendo as ações que tinha e detém menos de 36%, com perspectivas de redução desse número.
De acordo com o Financial Times, pelo menos dois altos executivos não identificados da empresa confirmaram que a marca está procurando um novo investidor âncora. “Isso vai ser difícil. E, no final, precisamos que o Japão e os EUA gerem dinheiro”, disse o funcionário.
Mas pode ser que exista uma salvação no horizonte, ela já tem nome e também é japonesa: a Honda. Atualmente a marca está finalizando um acordo com a quase falida Nissan para co-desenvolver veículos elétricos. As especulações são de que a montadora que produz o Civic e a CG possa intervir e ocupar esse papel de investidor âncora ou até mesmo que compre as ações vendidas pela Renault.
Há três meses, a joint-venture entre Honda e Nissan foi anunciada. A parceria foi firmada com o objetivo de co-desenvolver carros elétricos e também frear a ‘invasão’ chinesa que está acontecendo em diversos mercados automotivos espalhados pelo mundo.
Mas, coincidência ou não, o ex-CEO da Nissan chegou a fazer uma previsão ousada. “Não consigo imaginar por um momento como vai funcionar entre a Honda e a Nissan, a menos que seja uma aquisição, a menos que seja uma aquisição disfarçada pela Honda da Nissan e da Mitsubishi com a Honda no assento do motorista”, afirmou Carlos Ghosn na época. Ele pontuou: “vai ser uma aquisição, uma aquisição disfarçada”.
Nenhuma das duas marcas comentou diretamente sobre as negociações. A Nissan disse apenas que “a parceria com a Honda é estrategicamente muito importante e esperamos acelerar a realização dos resultados de nossas atividades por meio de progresso regular no nível de gestão de ambas as empresas”.
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