Nova Santana 400 é picape híbrida com alma de Frontier e nome de VW

Nova fase da montadora espanhola aposta em rebadging de modelos da joint venture Zhengzhou Nissan para competir na Europa

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O retorno da Santana reforça a tendência de marcas históricas utilizarem plataformas chinesas para garantir competitividade (Foto: Santana | Divulgação)
Por Tom Schuenk
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 15/12/2025 às 16h00

Quatorze anos após encerrar suas atividades industriais, a histórica marca espanhola Santana — famosa no passado por produzir o Land Rover Defender sob licença — está de volta ao mercado. O retorno, contudo, reflete a nova ordem da indústria automotiva: não se trata de um projeto europeu, mas de uma estratégia de importação baseada em tecnologia chinesa e japonesa.

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A operação é liderada pela K-Automotive e utiliza produtos da joint venture Zhengzhou Nissan. Na prática, a “nova” Santana comercializará versões rebatizadas de picapes da Dongfeng, que compartilham a arquitetura e linhas de montagem com a Nissan Frontier.

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A base da Frontier com coração chinês

O primeiro modelo desta nova fase é a Santana 400. O utilitário utiliza a plataforma Dongfeng Z9, a mesma base mecânica da nova Nissan Frontier e da Dongfeng Rich 7. A estratégia de compartilhamento visa garantir confiabilidade estrutural e redução de custos para acelerar a reintrodução da marca.

A picape chega ao mercado europeu com duas motorizações distintas, focando tanto no cliente tradicional quanto nas novas demandas de emissões:

  • Santana 400D (Diesel): Utiliza o motor Nissan M9T de 2.3 litros, entregando 190 cv e 450 Nm de torque (número ajustado para o mercado local). O câmbio pode ser manual de 6 marchas ou automático ZF de 8 velocidades, sempre com tração 4×4.
  • Santana 400 PHEV (Híbrida): Combina um motor 1.5 turbo a gasolina a um sistema elétrico, gerando uma potência combinada de 315 kW (cerca de 428 cv) e impressionantes 800 Nm de torque. A autonomia elétrica é de 120 km, com alcance total prometido de 1.000 km.

Expansão industrial

Para se afastar da imagem de veículos utilitários espartanos do passado, a nova linha aposta em tecnologia, oferecendo painéis digitais e telas multimídia de 14,6 polegadas.

O plano da K-Automotive, no entanto, vai além da importação. Existe um acordo em andamento com a chinesa BAIC para, a partir de 2026, iniciar a montagem de veículos em regime CKD nas antigas instalações da Santana em Linares, na Espanha. O objetivo é nacionalizar a produção de modelos off-road como o BJ40 e o BJ30, devolvendo à marca sua identidade de fabricante.

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