Flexibilização das aulas teóricas e redução de custos levaram mais de 1 milhão de brasileiros a buscar a primeira habilitação em apenas uma semana
A entrada em vigor do decreto que instituiu as novas regras para obtenção da CNH provocou uma corrida aos Centros de Formação de Condutores (CFCs), afirmou o Ministério dos Transportes. Segundo balanço divulgado pelo órgão, a procura pela primeira habilitação registrou um aumento de 200% na última semana, impulsionada pela promessa de redução de custos e desburocratização do processo.
A medida reflete uma mudança expressiva no perfil do setor. Se antes as autoescolas temiam perder receita com a digitalização, agora enfrentariam o desafio de absorver uma demanda reprimida, composta majoritariamente por jovens e trabalhadores de menor renda que viam nos preços antigos uma barreira intransponível.
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O principal atrativo da nova legislação é o fim da obrigatoriedade das 20 horas de aulas teóricas presenciais nos CFCs. Pelo novo modelo, o candidato pode optar pelo estudo autodidata através da plataforma digital do governo, que oferece o material didático e o curso preparatório de forma gratuita.
Na prática, isso elimina uma das etapas mais onerosas do processo. O aluno paga taxas reduzidas apenas para a realização dos exames e para as aulas práticas, cujos valores variam conforme a tabela de cada Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
O impacto foi sentido imediatamente nos sistemas do governo. De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), até a última terça-feira (16), a plataforma CNH do Brasil já havia contabilizado mais de um milhão de solicitações de adesão.
Para o governo, os números validam a eficácia da política pública focada na inclusão social, permitindo que classes economicamente vulneráveis tenham acesso ao documento, fundamental não apenas para a mobilidade, mas também como requisito para diversas vagas no mercado de trabalho.
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