O plano B da VW: motor a gasolina vira ‘powerbank’ para salvar carros elétricos que não venderem bem

Mesmo defendendo publicamente o sucesso de seus elétricos, a Volkswagen adota uma estratégia para evitar perda de competitividade

ID Polo GTI, ID CROSS Concept and ID Polo
ID.POLO e ID.CROSS podem ganhar extensores de alcance caso não tenham sucesso esperado (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Por Júlia Haddad
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 05/12/2025 às 06h00

Pressionada pelo avanço de concorrentes asiáticas e europeias, a Volkswagen vive um momento pragmático em sua transição energética. Embora a diretoria sustente publicamente o foco nos elétricos puros, a engenharia da marca trabalha em uma alternativa técnica caso eles não vinguem: o uso de motores a combustão como extensores de autonomia (EREV), afirmou o site espanhol Motor.es.

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O movimento é uma resposta direta ao mercado. Com a previsão de descontinuar modelos consagrados como Polo, T-Cross e Taigo até 2030 na Europa, a montadora precisa preencher a lacuna com veículos que ofereçam segurança de autonomia e preço competitivo. A ameaça é real: a chinesa Leapmotor, agora associada à Stellantis, e a Renault já apostam nessa tecnologia híbrida.

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Ao contrário dos sistemas híbridos tradicionais, a Volkswagen testa na Europa um conjunto técnico distinto do utilizado na China. Segundo apurações da imprensa espanhola, a marca desenvolveu dois novos motores a gasolina dedicados exclusivamente à função de gerador: um bloco bicilíndrico de 1.0 litro e um tricilíndrico de 1.5 litro.

O motor menor já estaria equipando protótipos do futuro ID.2 (o sucessor elétrico do Polo). A arquitetura da plataforma MEB Entry permite a instalação deste pequeno propulsor sob o assoalho do porta-malas. Neste sistema, não há conexão mecânica com as rodas; o motor a combustão funciona apenas para carregar a bateria em movimento, ampliando o alcance do veículo.

Ainda há incógnitas técnicas. Estima-se que o motor 1.0 entregue cerca de 70 cv, enquanto o 1.5 chegue a 100 cv. A engenharia alemã agora estuda o equilíbrio do pacote: a inclusão do tanque de combustível pode exigir a redução do tamanho da bateria.

A estratégia sinaliza que a Volkswagen não descarta nenhuma ferramenta para manter sua relevância, criando uma “apólice de seguro” caso a demanda por elétricos puros na Europa não cresça na velocidade planejada.

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